Pontivírgula - Edição Setembro 2017 Pontivírgula - Edição Setembro 2017 | Page 13

ATUALIDADE

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Irma, o furacão de escala 5 que dizimou as Caraíbas

Mafalda Correia

No passado dia 30 de agosto deu-se a formação de uma nova tempestade tropical denominada Irma, perto das ilhas de Cabo Verde, que, em menos de uma semana, viria a atingir o continente americano nas Caraíbas e no sudeste norte-americano causando destruição e levando muita gente a ter de evacuar as suas residências e a preparar-se devidamente para a chegada do furacão.

O furacão começou por passar pelas várias ilhas das Caraíbas no início do mês de setembro, onde esteve a oscilar entre a categoria 4 e 5 na escala de Saffir-Simpson, provocando danos estruturais, avaliados em 99%, nas ilhas mais pequenas do sudeste das Caraíbas. De seguida, o Haiti e a República Dominicana foram afetados pelos ventos e chuvas fortes, inundando ambos os países. Já no dia 9 de setembro, enquanto Irma sobrevoava as ilhas das Bahamas e Cuba o furacão passou de categoria 5 para 3, mas, ainda assim, causando fortes tempestades em terra e no mar, com ondas de quase 5 metros. Apenas na cidade de Santa Clara, em Cuba, 39 edifícios desabaram, resultando em 10 mortos.

Ainda antes do furacão Irma entrar em território norte-americano, ou mesmo antes de atingir as Caraíbas, já o governador da Flórida, Rick Scott, tinha declarado a Flórida em estado de emergência.

Desde aí até ao dia 9 de setembro, quando Irma finalmente entrou nas Keys, no sul da Flórida, começaram as evacuações e os preparativos para a chegada de Irma, que acabou por causar menos destruição do que aquela que se esperava. Embora os danos materiais não tenham sido os esperados, muitas regiões ficaram inundadas e sem eletricidade durante vários dias, o que resultou em 39 mortes ao todo na Flórida, quase tantas mortes quanto as 43 vidas perdidas nas ilhas das Caraíbas. Entretanto, o furacão Irma foi dado como terminado no dia 15 de setembro, com prejuízos que “devem aumentar para cerca de 100 mil milhões de dólares, tornando-o num dos furacões com os maiores custos de sempre”, segundo afirmou o CEO da Accuweather, Joel N. Myers.

Já não é o primeiro furacão devastador que os Estados Unidos conhecem apenas no ano de 2017, uma vez que simultaneamente enquanto Irma se formava, o furacão Harvey atingia o estado do Texas e do Louisiana. Esta época de furacões que se está a viver, infelizmente, ainda não acabou para os norte-americanos, já que o furacão José ameaça atingir a região de Nova Iorque e Boston com chuvas e ventos fortes. Com as constantes alterações climáticas, acredita-se que os furacões serão cada vez mais destrutivos e que realidades como a que se viveu com Irma serão cada vez mais frequentes.

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© Joe Raedle