Sentes que esta oportunidade além de a nível profissional, te trará desenvolvimento pessoal?
Não tenho dúvidas que a nível profissional esta experiência me está a dar muitas ferramentas. Porém, considero que em tudo o que fazemos na vida, se dermos o melhor de nós, não há hipótese de o resultado final ser outro. O desenvolvimento pessoal é inevitável. Estou a ser confrontada com outro ritmo, exigência e modos de pensar. Estou a conhecer pessoas novas. Estou longe dos meus. Isso tem de me impactar de alguma forma. Estou cá há cerca de dois meses e já sinto diferenças, muito graças às tais perguntas que vão surgindo. A Kent State University é uma ótima aposta, mas não se têm de limitar a ela. É muito importante ter uma experiência internacional e fazer por conhecer pessoas diferentes. Podemos ler sobre o assunto e, agora com todas as possibilidades que Internet nos oferece, é fácil sentirmo-nos próximos de qualquer realidade, em qualquer lugar. Mas nada disso é comparável com ir para o campo, arregaçar as mangas e explorar. Eu diria que o importante é não ter medo do desconhecido, da adversidade e de sair da zona de conforto. Se errarmos, errámos. É a única forma de aprender e há erros que valem muito a pena. Sou estudante de jornalismo e talvez isso tenha alguma influência, mas é imprescindível sair de um mundo enclausurado entre quatro paredes, ver pelos nossos próprios olhos e questionar o que vemos e nos é dito. Sei que no atual paradigma jornalístico isso é um desafio, dadas todas as condicionantes económicas, mas vale a pena o esforço. Porquê fazer menos, quando podemos dar mais e isso far-nos-á muito melhores no que produzimos e somos? Há que agitar o nosso mundo de vez a vez.
ENTREVISTA
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Taylor Hall, local onde se realizam as aulas
© Andreia Monteiro