ATUALIDADE
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“Como pode a Eurovisão celebrar diversidade e inclusão quando a passos de distância os Palestinianos estão a ser baleados na cabeça? A Eurovisão está prestes a tornar-se muito feia”, escreveu um utilizador no Twitter.
A 16 de maio, Netanyahu recebeu Netta Barzilai e congratulou-a pessoalmente. Mostrou-se orgulhoso da vitória e voltou a mencionar Jerusalém como o local onde Israel receberia a Eurovisão. Ron Huldaijá, o prefeito de Telavive, confirmou que a cidade não se vai candidatar ao concurso.
“Nos dias de hoje, Jerusalém é abençoada com muitos presentes. Recebemos outro ontem à noite, com a vitória cheia de suspense de Netta. O presente é que a Eurovisão chegará a Jerusalém no próximo ano, e estamos orgulhosos de recebê-la.”, disse o Primeiro-Ministro israelita.
O movimento anti-israelita BDS (Boycott, Divestment and Sanctions Movement) já prometeu montar uma campanha que realce as políticas de “apartheid” em relação aos palestinianos. Este movimento já tinha tentado boicotar a participação de Israel na Eurovisão com a campanha Eurovision boycott of Israel - ZERO points to the song of Israeli Apartheid, que apelava aos espetadores que dessem zero pontos à canção de Israel. Mesmo assim, Israel conseguiu vencer. Chegou ao terceiro lugar com os votos do júri e conseguiu subir para primeiro lugar graças aos votos do público.
Mais de 24,000 pessoas assinaram uma petição que pede à Islândia para boicotar a próxima edição do Festival Eurovisão da Canção em Israel, devido às violações de direitos humanos contra os palestinianos.
Na Irlanda, foi o presidente da Câmara de Dublin a apelar ao boicote do concurso musical em 2019, em solidariedade para com o povo palestiniano.
© Reuters