Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 PDN 2018-2022_MASTER_vf_Volume 1_13052018 | Page 12
14. Com um Índice de Desenvolvimento Humano em 2015 de 0,533 (contra 0,390 em 2000),
Angola pertence ao grupo dos países de baixo desenvolvimento humano. Considerando-se a esperança
de vida revelada pelo Censo 2014, Angola passará a integrar o Grupo dos Países de Desenvolvimento
Humano Médio, aproximando-se dos objectivos a que aspira: até 2025 pertencer ao Grupo dos Países
de Desenvolvimento Humano Elevado (índice superior a 0,70).
15. No domínio da educação destaca-se um aumento de 2,5 milhões de alunos no sistema
educativo nacional e uma taxa de alfabetização de jovens e adultos de 75% (contra 50% no
início do século). Em relação à escolaridade completa dos jovens dos 18 aos 24 anos: 34% possuem a
escolaridade completa do ensino primário, 29% completaram o I ciclo do ensino secundário e 13% o
II ciclo. No entanto, ainda existem crianças fora do sistema educativo, por falta de salas de aula,
pela precariedade destas, ou ainda por falta de professores com boa formação.
16. No domínio da saúde, registam-se melhorias nas taxas de mortalidade infantil (80 por mil em
comparação com 180 por mil em 2009) e de mortalidade de crianças com menos de cinco
anos (120 por mil face a 300 por mil no início do século). Verificou-se uma diminuição da taxa de
morbilidade devido à Malária (que caiu de 25% para 15%), a Poliomielite está erradicada e a Lepra
quase. A operação de prevenção contra o Ébola foi bem-sucedida. Porém, ainda existe uma
margem de progressão considerável, evidente nos numerosos casos de Cólera e, mais
recentemente, de Febre-amarela e Malária. O estado de nutrição dos angolanos também é uma
preocupação, com 38% das crianças a evidenciarem malnutrição crónica moderada e 15% com
malnutrição grave, situação que piora nas áreas rurais.
17. Ao longo da anterior legislatura foi realizado um importante esforço de recuperação das infra-
estruturas produtivas e sociais, com resultados significativos no abastecimento de água e
fornecimento de energia eléctrica, na reabilitação de estradas, na reabilitação e modernização dos
caminhos de ferro, dos portos e aeroportos.
18. Entretanto, várias reformas nas áreas do licenciamento da construção, da obtenção de electricidade e
do funcionamento do Porto de Luanda, permitiram a Angola subir 7 posições (para 175 em 190
países) no ranking do Doing Business elaborado pelo grupo do Banco Mundial.
19. No que se refere à ocupação da população, o Censo 2014 permitiu constatar que a taxa de actividade
era de 53%, sendo inferior nos grupos etários mais jovens (entre os 15 e os 24 anos) e alcançando o
valor máximo no grupo etário entre os 35 e os 49 anos; a taxa de emprego era de 40%. Em ambas as
taxas, as mulheres apresentam números inferiores aos homens. Também se verificou que a maior parte
da população está empregada no sector primário (42,9%), seguindo-se o sector terciário (26,2%) e o
sector secundário (6,1%).
20. Os subsectores de actividade que registaram maior dinâmica de criação de emprego no período entre
2009 e 2014 foram a electricidade (com uma taxa média anual de 44%), a banca e seguros (com um
crescimento médio de 22%), os correios e telecomunicações (com uma taxa média de 18,7%) e os
transportes e armazenagem (onde o emprego cresceu em média 11,6%). Esta dinâmica foi menor nos
subsectores da agricultura e da administração pública (onde a taxa média de crescimento de emprego
foi de 1,9% e 0,6%, respectivamente).
21. A taxa média estimada de desemprego no período 2009-2014 foi de 22%. Em 2014, o Censo
registou um valor de 24%, praticamente igual para homens e mulheres; e cerca do dobro para os
grupos etários mais jovens.
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