Hoje em dia, com todas as nossas tecnologias e meios de comunicação, certamente que esta “caverna” afetará apenas uma pequena porção da humanidade, certo?” Errado, são precisamente as nossas tecnologias que acabam por nos prender num mundo que é apenas uma sombra da realidade: com todas as nossas redes sociais, nós perdemo-nos num mundo destorcido. De todos os teus seguidores e amigos nas redes sociais, em quantos confiarias um segredo? De todas as celebridades que segues, alguma delas sequer sabe que tu existes?
Alguns conseguem estar a par do que se passa no mundo à sua volta através de noticias online, mas com tanta informação diferente que recebemos todos os dias, em vez de termos uma ideia aprofundada sobre alguns temas, apenas temos uma superficial acerca de demasiados.
Uma simples imagem ou um clip não são o suficiente para termos um ponto de vista válido sobre os conflitos religiosos ou políticos à nossa volta, ou das guerras civis no resto do mundo. É verdade que as redes sociais, em alguns aspetos, aumentaram o nosso conhecimento, mas, de certa forma, também acabam por nos dar uma visão destorcida da realidade em que vivemos, e não a imagem clara que achamos.
João Tomás
Qualquer pessoa que nunca tenha tido o desejo de lidar desta forma com o ignóbil, princípio actual da humilhação e estultificação pertencente, obviamente, a essa multidão, com a barriga à altura das balas. A condição porque confina, prazerozamente, esta multiplicidade egoísta, pois ao sernos entregue, após o orto de astro, uma cláusula inquebrantável, de acepção e modo perante a susceptibilidade do sensível, ocorre a expressão eterna, sem nexo, do astucioso saber
de berço, para com os limites econsonâncias humanas no Mundo. Ao sermos algo, não podemos ser tudo. Existe uma necessidade, um imperamento, de homens sem qualidades, que na irreverência do seu não-ser, oferecem a abertura e reflexividade excessiva, fundamentos invariáveis estes, à criação de uma possibilidade.
A modernidade consiste num apelo de um nada para com um tudo, sendo este a dissonância de uma barreira utópica quebrada. Apenas e só o desejo de se ser inútil.
(O Hino Herege, páginas 125 a 126)
Texto Proposto por: Tomás Longo 10.º H.