mais perigosos, tendo a reincidência criminal como certa e a vida encurtada. Especialistas afirmam que os adolescentes começam com delitos leves, como furtos, e depois vão subindo "degraus" na escada do crime. De acordo com Ariel de Castro Alves, ex secretário-geral do Conselho Estadual da Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), muitos dos adolescentes que chegam ao latrocínio têm dívidas com traficantes e estão ameaçados de morte, e isso os estimula a roubar. " O sistema penitenciário brasileiro não tem cumprido sua função social de controle, reinserção e reeducação dos agentes da violência. Ao contrário, tem demonstrado ser uma 'escola do crime' . Portanto, nenhum tipo de experiência na cadeia pode contribuir com o processo de reeducação e reintegração dos jovens na sociedade.".
Atualmente no Brasil existem diversos debates no sobre a redução da maioridade penal. A ideia é diminuir a idade mínima com a qual uma pessoa pode ir para a prisão em caso de crimes hediondos. Inúmeros especialistas apresentam argumentos contra e a favor sobre a redução que podem contribuir para a decisão de um futuro melhor para o Brasil. Marcos Vinícius Furtado, presidente da OAB, afirmou "Toda a teoria científica está a demonstrar que ela [a redução] não representa benefícios em termos de segurança para a população".
Fábio José Bueno, Promotor de Justiça do Departamento da Infância e Juventude de São Paulo, disse "Eu sou favorável à redução da maioridade penal em relação a todos os crimes. Em 1940, o Brasil estipulou a maioridade em 18 anos. Antes disso, já foi 9 anos, já foi 14. Naquela época, os menores eram adolescentes abandonados que praticavam pequenos delitos. Não convinha punir esses menores como um adulto. Passaram-se 70 anos e hoje os menores não são mais os abandonados. O menor infrator, na sua maioria, é o adolescente que vem de família pobre, porém, não miserável. Tem casa, comida, educação, mas vai em busca de bens que deem reconhecimento a ele. As medidas do Estatuto da Criança e do Adolescente não intimidam. Eles praticam os atos infracionais, porque não são punidos na medida. A pena tem a função de intimidação, que a medida socioeducativa não tem. É importante saber que o crime não compensa, que haverá uma pena, uma punição."
Os pais, as escolas e a sociedade sempre mostram o que é o certo e o que é errado. Mas o que seria o caminho certo? E o errado? A maior parte da população diz que o caminho certo são pessoas honestas, trabalhadoras e fazendo de tudo para não violar as leis, e o errado seria quebrar as regras, violar os direitos humanos, e de algum modo acabar prejudicando alguém. Mas a outra parte dessas pessoas vivem em locais onde o conceito de certo e errado não significa nada, para conseguir ter uma chance de viver, precisa ficar no "lado errado". Essas pessoas são, em sua maioria, pobres, crianças e adolescentes que foram abandonados e, para conseguirem alimento e moradia, por exemplo, precisam deixar de lado as questões éticas e morais da sociedade e sobreviver de uma maneira extremamente inapropriada para um ser humano.
socioeducativas, sendo três anos interno, três em semiliberdade e três em liberdade assistida, com o Estado acompanhando e ajudando-o em sua reinserção na sociedade.
menores não são mais os abandonados. O menor infrator, na sua maioria, é o adolescente que vem de família pobre, porém, não miserável. Tem casa, comida, educação, mas vai em busca de bens que deem reconhecimento a ele. As medidas do Estatuto da Criança e do Adolescente não intimidam. Eles praticam os atos infracionais, porque não são punidos na medida. A pena tem a função de intimidação, que a medida socioeducativa não tem. É importante saber que o crime não compensa, que haverá uma pena, uma punição."
Os pais, as escolas e a sociedade sempre mostram o que é o certo e o que é errado. Mas o que seria o caminho certo? E o errado? A maior parte da população diz que o caminho certo são pessoas honestas, trabalhadoras e fazendo de tudo para não violar as leis, e o errado seria quebrar as regras, violar os direitos humanos, e de algum modo acabar prejudicando alguém. Mas a outra parte dessas pessoas vivem em locais onde o conceito de certo e errado não significa nada, para conseguir ter uma chance de viver, precisa ficar no "lado errado". Essas pessoas são, em sua maioria, pobres, crianças e adolescentes que foram abandonados e, para conseguirem alimento e moradia, por exemplo, precisam deixar de lado as questões éticas e morais da sociedade e sobreviver de uma maneira extremamente inapropriada para um ser humano.