Paradidático - O Outro em Mim Paradidático - O Outro em Mim | Page 29

3 Adentrando no Coração da selva Cortez, o conquistador A tropa de espanhóis colocou seus 3 cavalos a frente, e sem pestanejar ou reclamar da chuva, iniciaram sua marcha rumo a Tenochtitlan. Avistaram antes da passagem, se escondendo atrás da chuva, pequenas construções, o que parecia ser uma vila. Mas a essa não deram importância, os olhos de todos estavam fixados no fim da estrada, o coração estava pulsando forte e o suor do nervosismo se misturava as gotas da chuva. Conforme caminhavam pela passagem, as construções ficavam mais evidentes. Havia logo a frente um edifício pequeno em que se passava o que parecia ser a rua principal. Essa rua era cortada por pequenos rios e em sua margem, circundada por lindas árvores. No final dessa estrada estava o que parecia ser a maior construção. Era uma pirâmide com dois lances de escadas, enorme, maior que a catedral de Santiago de Compostela. Do lado dessa, tinha duas pirâmides menores com apenas um lance de escada. Nessa altura as gotas de chuva já estavam parando, o sol começava a aparecer atrás das três pirâmides maiores e a observação que os soldados estavam fazendo foi quebrada por um murmúrio que não conseguiram distinguir do que se tratava. Assim, do nada, nativos surgiam paulatinamente. Estes se movimentavam intensamente, levando plumas, jarros, pedras e alimentos de um lado para o outro. Lorenzo logo deduziu que ali se tratava de uma praça de comércio. Havia longas filas de cabanas que iam sendo montadas, e mais e mais indígenas chegavam de outras regiões da capital. Não demorou muito para que a tropa fosse vista. E o que denunciou a chegada da tropa foi uma criança. Essa soltou