Paradidático - O Outro em Mim Paradidático - O Outro em Mim | Page 27
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Acredito que se fosse os deuses eles não teriam que andar até aqui,
viriam do céu e não em barcos de madeira. E você?
- Não sei…
- E por que queimar Tenochtitlan? Se sua visão realmente estivesse
correta...
Eles ficaram em silêncio. Então ela lhe deu uma pequena cesta com
cacau.
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Dizem que sua pele parece como a cor do algodão… Certamente
isso não representa algo bom, é como morte. Como massa crua que
não se desenvolveu.
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Certamente… Apenas seres tolos destruiriam vida pelo que é
morto.
Os Demônios são Reais
Aquela refeição foi a melhor dos últimos meses. Amayal arriscaria
dizer a melhor dos últimos anos. Ele assou a carne, junto dela preparou
um bolo de milho e fez uma bebida com o cacau. Seu irmão não ousou
falar uma palavra durante toda a refeição, que por sinal durou quase
uma hora. Seria apenas aquilo, uma refeição, e no dia seguinte nada mais
teriam. Porém ele queria acreditar que o amanhã demoraria muito para
chegar. Olhou para Yolotzin e fez um sinal para que ele também lhe
olhasse.
- Você me disse que reza a Quetzalcoatl… Reze essa noite.
- Pelo que? - perguntou com a boca cheia.
- Para que os homens de rostos pálidos jamais cheguem a
Tenochtitlan.
- Que homens? - disse aflito.
- Apenas reze… E também a Tlaloc pela chuva. Acho que ele está
cansado de me ouvir.