Optometria, uma ciência em foco 1° Edição | Page 13

ACHADOS CLÍNICOS EM OFTALMOSCOPIA EXDUDATOS MOLES (ALGODONOSOS) São observadas como manchas brancas superficiais, bem delimitadas de bordas irregulares, que tendem a desaparecer em semanas ou meses. Resultam da isquemia microvascular na camada de fibras nervosas da retina, causando infarto e destruição dos axônios. Histologicamente correspondem a acúmulo de organelas, pela alteração no transporte axoplasmático das fibras acometidas. (Rev. bras.oftalmol. vol.68 no. 1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2009). As DRUSAS MOLES são depósitos na lâmina basal da MB, à microscopia ótica aparecem como placas extensas em camadas de material granular mole, eosinófilo, deslocando o EPR da superfície interna da MB, interferem nas trocas metabólicas da córiocapilar e EPR; as clivagens formadas dão passagem a neovasos e as complicações advindas. (Rev. bras.oftalmol. vol.69 no.6 Rio de Janeiro Nov./Dec. 2010.) FIOS DE COBRE E FIOS DE PRATA EXSUDADOS DUROS São depósitos de lipídios e/ou lipoproteínas e indicam aumento da permeabilidade vascular retiniana. São vistos como pontos amarelos bem circunscritos e profundos em relação aos vasos da retina. (Rev. bras.oftalmol. vol.68 no. 1 Rio de Janeiro Jan./Feb. 2009). DRUSAS Trata-se de depósitos brancos ou levemente amarelados situados na retina que podem ter consistência dura ou mole e estarem tanto na parte central, quanto na periferia da retina. As DRUSAS DURAS são as mais benignas e bem delimitadas tem elevações ou agregados de matriz extracelular, dispostas na superfície da MB membrana de Bruch, prováveis produtos sintetizados pelas células do EPR (7,8); arredondadas, hialinas, eosinófilos, corando-se pelo reagente ácido periódico Schiff (PAS) e se basófilas deve-se ao acúmulo de cálcio. Os lipídios se presentes são evidenciados por corantes osmiofílicos. O apoptose tem papel no desenvolvimento dessas drusas. Optometria, uma ciência em foco. Esse reflexo torna-se mais difuso e aparenta menos brilho devido às alterações na parede do vaso. Acerca disso, Brinchmann-Hansen et al. teorizam sobre a influência da pressão arterial no índice de refração do plasma e das hemácias, relacionando-os à formação do reflexo. Segundo esses autores, as alterações iniciais do aumento na densidade das estruturas vasculares não influenciam a largura do reflexo. Se, no entanto, há progressão desse processo, ocorre modificação na cor da arteríola para próximo do dourado, alteração conhecida como arteríola em FIO DE COBRE, o que denota cronicidade. Uma luminosidade diminuída do oftalmoscópio pode influenciar essas observações. Em caso de arteriosclerose grave, quando ocorrem acentuados espessamentos, hialinização e redução do lúmen arteriolar, não se podendo visualizar a coluna sanguínea, o vaso aparece esbranquiçado e a alteração é conhecida como arteríola em FIO DE PRATA. (Brinchmann-Hansen O, Myhre H, Sandvik L. The light reflex in retinal vesels and its relation to age and systemic blood pressure: Acta Opht 1987, apud Dias JFP, Gonçalves ER, Barsante C. Diabetes e hipertensão arterial. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1994). “Exsudatos são depósitos de lipídios e/ou lipoproteínas que indicam aumento da permeabilidade vascular retiniana.” 13