Ocupação Efêmera da FeliS e seus impactos no Centro Histórico. Espaço público e ocupação efêmera | Page 7

se atividades pontuais de cultura e lazer articuladas pela sociedade civil, ONG's e entidades de naturezas diversas. Ocupar os espaços públicos lineares - ruas, calçadas e fachadas - e os espaços públicos não lineares - praças e largos - são fatores que ganham destaque quando se pensa em ocupação efêmera. Sobretudo quando existe a iniciativa por meio da realização de uma feira do livro, uma vez que junto ao potencial histórico, cultural e arquitetônico, a capital maranhense se destaca por possuir uma grande quantidade de escritores com reconhecimento nacional e uma notória valorização de suas produções lit erárias. Analisando a feira enquanto evento efêmero, com duração de sete dias, que atrai um público com um perfil diferente do usuário habitual do dia a dia do Centro Histórico, percebe-se um potencial para a discussão de questões como a relação da utilização dos espaços urbanos públicos e privados com a ocupação, a criação, a produção cultural, a manutenção e a preservação do patrimônio arquitetônico. Para desenvolver a pesquisa, foi realizado um estudo teórico de autores da Arquitetura, do Urbanismo, da História, da Antropologia Urbana, da Geografia e da Sociologia a fim de que as leituras esclarecessem os conceitos que envolvem o estudo das cidades, a efemeridade das ocupações e da arquitetura no contexto da sociedade atual, o espaço urbano público enquanto ambiente físico e de relações sociais, a formação da cidade de São Luís e as formas de construção, as normas e os princípios das questões patrimoniais. Em seguida, é apresentada uma pesquisa que busca analisar o estabelecimento de um evento efêmero e os impactos gerados em um Centro Histórico. Assim, no Capítulo 1 é descrito um breve panorama sobre a formação da cidade de São Luís e a concepção do Centro Histórico, sendo enfatizada a história da capital, desde a sua localização, ocupação pela expedição francesa em 1612, passando pela reconquista das terras maranhenses pelos portugueses até a constituição do traçado urbano, das características urbanísticas adotadas e da forma de ocupação. Chegando ao acervo arquitetônico do Centro Histórico, os tombamentos Federal, Estadual e Municipal, e por decretos que visam garantir a proteção e defesa do patrimônio cultural através de instrumentos legais e o reconhecimento e relevância da cidade como Patrimônio Mundial pela UNESCO.