Ocupação Efêmera da FeliS e seus impactos no Centro Histórico. Espaço público e ocupação efêmera | Page 10
2. CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS: percurso histórico e diretrizes
patrimoniais.
A cidade de São Luís, capital do Maranhão, com 831,7km² de área, está
localizada ao norte do Estado, e divide com os municípios de Raposa, São José de
Ribamar e Paço do Lumiar o território na ilha de mesmo nome. São Luís está na parte
ocidental da ilha. Os quatro municípios, junto com Alcântara, este localizado no
continente, formam a região metropolitana da Grande São Luís.
O Centro Histórico de São Luís, situado à oeste da ilha entre os Rios Anil e
Bacanga, é uma área definida por meio de zonas e limites de proteção cultural. Esta
parte da cidade está caracterizada pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), pelos tombamentos Federal, Estadual e
Municipal, e por decretos que visam garantir a proteção e defesa do patrimônio cultural
através de instrumentos legais.
Neste capítulo serão abordados os aspectos históricos da fundação da
cidade, o desenvolvimento de seu traçado, os parâmetros utilizados para a sua definição
como Patrimônio Cultural da Humanidade, a identificação dos espaços públicos e as
cartas patrimoniais que salvaguardam o seu perímetro histórico.
2.1. BREVE HISTÓRICO
São Luís foi ocupada em 1612 por uma expedição francesa com a intenção
de fundar uma colônia, a França Equinocial. A ocupação se estabeleceu ao redor do
Forte de Saint Louis, nome dado em homenagem ao Rei Luís XIII. De acordo com o
"Guia de Arquitetura e Paisagem de São Luís" (2008), a construção do Forte foi
finalizada em 8 de setembro de 1612.
Em 1614 o Governador Geral do Brasil organizou o envio de tropas
militares a fim de expulsar os franceses do Forte. Após três anos e quatro meses, em
1615, as terras maranhenses foram reconquistadas pelos portugueses. Dando início à
colonização, onde o nome São Luís foi mantido para a região urbana e o forte
rebatizado de Forte de São Felipe em referência ao Rei da Espanha e Portugal, Felipe
IV, conforme Viana (2013).