O Mocho Ano 1 - número 7 - Maio 2014 | Page 46

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Todos sabemos que o clima da Terra sofreu alterações ao longo da sua história. Sabemos que existiram ciclos de avanços e recuos glaciais. Sabemos também que desde há cerca de 7 mil anos, o clima do planeta estabilizou, o que também facilitou o desenvolvimento da civilização humana.

Com o desenvolvimento tecnológico e científico, somos hoje capazes de retirar das entranhas das calotas polares, tubos de gelo de tempos remotos e estudar a composição química do gelo e dos componentes que foram, de uma forma ou de outra, depositados na superfície em idades longínquas. É o estudo aprofundado desses dados e a sua comparação com outros dados que se vão descobrindo e coligindo que nos levam à certeza de que algo de muito errado está a acontecer.

Todas as alterações climáticas que se podem comprovar por este processo são explicáveis, tiveram durações limitadas no tempo, provando que, embora houvesse pequenas alterações, rapidamente se voltava ao equilíbrio normal. Todas elas são explicáveis por variações na órbita da Terra, as quais provocavam alterações de quantidade de energia solar recebida.

A tendência detetada atualmente tem um significado diferente porque foi quase certamente induzida pela atuação irresponsável do Homem e não tem precedentes nos dois últimos milénios.

Com a quantidade de aparelhagem tecnologicamente evoluída ao seu dispor, os cientistas podem hoje obter informações de todo o tipo e relacioná-la com os dados eu têm vindo a ser guardados nas últimas décadas. São precisamente as comparações possíveis entre os dados existentes que nos estão a revelar a gravidade das alterações climáticas em curso

O site da responsabilidade da NASA apresenta então algumas asserções que já ninguém põe em causa hoje em dia:

A capacidade de retenção do calor por parte do dióxido de carbono e de outros gases foi demonstrada em meados do século XIX. Muitos dos instrumentos desenvolvidos pela NASA tiveram em conta este conhecimento científicos. O nível elevado destes gases na nossa atmosfera provoca um aquecimento correspondente da superfície da Terra.

O gelo retirado das profundezas na Goenlândia, na Antarctica e de glaciares mostra que o clima terrestre se adapta a alterações do nível de energia solar, às alterações da órbita da Terra e aos níveis elevados de gases de efeito de estufa. E revela que no passado também houve alterações climáticas graves, que aconteceram em períodos de algumas décadas.

Dados que comprovam a gravidade do que está a acontecer:

O CLIMA DA TERRA NOS ÚLTIMOS 650 MIL ANOS