5. Golpes de Estado Recentes na América Latina
Honduras, México e Canadá. Ela tomou uma posição contrária à do Mercosul e Unasul sobre a situação de golpe.( VIANA, 2013) [ 592 ]( OAS, 2012) [ 593 ].
Curiosamente, embaixadores de dois países sob hegemonia de forças golpistas pró-Estados Unidos( Haiti e Honduras) estavam entre os poucos convidados a participar da comissão que afirmou haver um quadro de normalidade democrática e não um movimento golpista no Paraguai. Outros dois embaixadores eram de países que pertencem ao bloco econômico hegemonizado pelos Estados Unidos( Canadá e México), o NAFTA – North American Free Trade Agreement ou Tratado Norte-Americano de Livre Comércio.
Mas o que essa missão afirmou oficialmente foi desmentido por uma mensagem, classificada como secreta, enviada pela embaixatriz Liliana Ayalde à Secretaria de Estado Norte-Americana e reproduzida pelo Wikileaks:
Rumores persistem que o desacreditado General e líder do partido UNACE, Lino Oviedo, e o ex-presidente Nicanor Duarte Frutos, agora estão trabalhando juntos para assumir o poder através de meios( principalmente) legais, caso o presidente Lugo tropece nos próximos meses. O objetivo deles: capitalizar sobre qualquer passo em falso de Lugo para quebrar o impasse político no Congresso, realizar o impeachment de Lugo e assegurar a supremacia política deles próprios. Enquanto muitos previram manobras políticas em março durante a tradicional temporada de protesto social que acompanha a abertura do Congresso, pouco aconteceu( em grande parte porque Lugo tem sido cuidadoso em não fornecer a corda política ou legal com a qual enforcá-lo, privando assim Oviedo e Duarte dos números no Congresso para seu suposto“ golpe democrático”). Mas isso pode mudar rapidamente aqui. A indignação de meados de março em relação a subsídios multimilionários para produtores de gergelim por meio de uma ONG desacreditada foi considerado um possível motivo para o impeachment antes que Lugo abandonasse o programa( embora a controvérsia continue). Para um presidente que já enfrenta muitos desafios – lutas políticas internas, corrupção e a percepção de que seu próprio estilo de liderança é ineficaz – Lugo deve agora também se preocupar em não dar um passo em falso que poderia ser o último. 139( AMEMBASSY ASUNCION, 2009) [ 594 ]
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