o bom começo
solo de
Tim Bernardes
“Recomeçar”,
Líder do grupo autointitulado power-trio rocknroll-pop-experimental-paulista (O Terno), Tim Bernardes se lançou na aventura de compor um disco solo aos 26 anos. Em 13 faixas, “Recomeçar” funde tristeza, amadurecimento e beleza numa reflexão sobre rupturas, mas de uma “perspectiva existencial de se descobrir no mundo sem se pautar pelo outro”, nas palavras do próprio Tim.
A solidão frente ao que acaba, entretanto, não se restringe ao plano amoroso – se estende também ao nacional e ao pessoal. Na música “Tanto Faz”, Tim toca em questões como a desilusão com a estrutura controversa que sustenta o Brasil, revelando um sentimento revoltante de impotência e decepção, ilustrada nos versos “Vai ter Copa, vai ter Carnaval / Mas continua errado”. Pensando também em sua vida pessoal, Tim leva ao álbum a sua despedida da casa dos pais e o início da vida morando sozinho, iniciativa apoiada pela figura paterna, Maurício Pereira, também músico e integrante d’Os Mulheres Negras. Na faixa “Quis Mudar”, existe essa ideia da busca por mais e do adeus à zona de conforto; a tudo que já lhe facilmente pertencia. São todas formas diferentes de solidão e, para Tim, fazer música sobre elas seria “um jeito de lidar com a fossa”.
Vocalista da banda paulista O Terno lança seu primeiro álbum independente em 2017
Yara Guerra
Filho de peixe, peixinho é
Martim Bernardes é, além de um músico promissor, filho de Maurício Pereira, integrante do grupo Os Mulheres Negras. Nos anos 80, junto a André Abrujama, Maurício fundou a banda e lançou álbuns cultuados até hoje.