NUNC - Revista Cultural 1 | Page 11

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N- À Glocal está no processo de se tornar uma ONG. Por que essa mudança?

N- Quais são as suas perspectivas para o futuro da Glocal?

M- O futuro da Glocal a Deus pertence (risos). Nós acreditamos que o nosso projeto de encontros de terça-feira ainda vai durar um tempo. Eu não acredito em nada que seja eterno; que tenha que ficar; que temos que fazer. Mas eu acredito que a gente ainda não chegou ao fim, ainda estamos no processo de encurtamento com encontros semanais... Então a ideia é expandir ainda mais, pegar teatros maiores; expandir a ideia (de encurtamento) pelo Brasil e ver isso acontecendo em outros estados e cidades; é ter a aceleradora social, em que consigamos fazer o eixo de impacto social com mais excelência, capacitar as ONGs a receberem voluntários e a estarem mais preparadas; e também a trabalhar melhor com os voluntários, com uma plataforma que identifique melhor as habilidades, o tempo que a pessoa pode fazer. Começar assim a transformar a cidade pelo engajamento cívico.

M- Com o crescimento da Glocal, nós percebemos que já movíamos uma quantia financeira para alugar teatros e também temos desenvolvido outros projetos, como a aceleradora do terceiro setor social. Essa aceleradora já vai funcionar em 2018, então sentimos a necessidade de oficializar e mudar de uma organização orgânica para algo institucional, para trabalhar mais no papel, de uma forma jurídica mais eficiente.

M- A comunidade evangélica que conhece a Glocal, além de apoiar, entende que é muito importante, porque a Glocal pisou num terreno onde a Igreja não tem pisado e talvez não vai pisar, porque os cultos evangélicos têm uma revelação de Deus de como deve proceder, E, politicamente, a muitas coisas não se deve misturar o culto a Deus. Agora, não interfere em ter diálogos e, muitas vezes, a proclamação da fé em outros lugares, respeitando opiniões diversas. Por isso que, quando vamos para o mundo artístico, o pensamento de esquerda é muito forte. Sem contar que os Direitos Humanos surgiram da fé cristã. Então, hoje, tudo que está na pauta dos Direitos Humanos nós estamos encurtando também porque acreditamos que Jesus seja o maior humanitário que já existiu na face da Terra.

Teóloga e voluntária da Glocal Gabriela Dias

Líderes reliosos em roda de conversa na Glocal

Em sua segunda conferência, a Glocal reuniu 18 projetos parecidos em 5 estados diferentes do Brasil (São Paulo, Espírito Santo, Pernambuco, Rio de Janeiro e Santa Catarina). Foram dois dias de Workshops e palestras de como a organização funciona e é administrada.