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( 20 de Janeiro a 18 de Fevereiro)

O Entroido de Xinzo de Lima é porventura o maior de todos os carnavais dos muitos que se celebram em toda a Espanha. Por isso é que é de interesse turístico nacional.

As festividades começam três domingos antes do própio Carnaval no " Domingo Fareleiro "( 21), cómica batalha na qual todo o povo se cobre de farinha. Não só as pessoas também as ruas da vila ficam pintalgadas de branco, devido aos muitos quilos de pó espalhados por alegres e irreverentes grupos de jovens.

grande desfile corre por toda a avenida principal de Xinzo onde passam carros alegóricos, bandas de música, xarangas, grupos gaitas e corais e toda a espécie de bichos caretos como resultado da imaginação de todo o povo antelano.

No Entroido de Xinzo destacam-se as " pantallas ", que são personagens vestidos com capas de cores branca e vermelha, cinturada de chocalhos e armados com balões de bexigas de porco e curiosas máscaras.

Em Cabril, começam a despontar iniciativas culturais que, aos poucos, vão conquistando o seu próprio espaço.

Em Fafião, um grupo de jovens anima esta localidade com eventos vários que vão desde as caminhadas pela serra do Gerês em procura dos medronhos silvestres até à matança do porco em moldes radicionais. Em Pincães, os locais desta pequena mas rica aldeia de Cabril estão a marcar pontos com a rota do linho e a festa do azeite e, finalmente, S. Lourenço que, desde sempre liderou esta grande freguesia de Barroso, surge com a Matança do Porco de forma tradicional e com animação de gosto popular.

Gente de aldeias confinantes e também das terras do Minho ali se deslocam para passar um dia diferente, num são e amigável convívio.

Tivemos a sorte de ir até S. Lourenço acompanhar a festa. No espaço outrora peretencente à Escola Primária da localidade e que agora está cedido à Associação dos Amigos de S. Lourenço de Cabril, além do porco já preparado a preceito conforme os usos e costumes de antanho, estava um braseiro enorme para fornecer a energia necessária ao cozido que fervia nos potes e panelas de ferro a cargo de pessoas sábias neste tipo de tarefas.

Tomaz Azevedo, presidente da Associação, estava satisfeito e disse ao NB que a matança do porco traz sempre gente de fora, uns já conhecidos e outros que vêm de novo, o que é bom para ficarem a conhecer as tradições do Barroso.

O Dr. Márcio, presidente da Junta de Freguesia de Cabril, também irradiava simpatia junto de todos os convivas e mostrava-se disponível não só para apoiar como para explicar os cenários que se proporcionavam.

Os amigos de dentro e de fora de S. Lourenço, reunidos ora em ameno convívio a saborear umas febras de presunto, de iscas de fígado ou porções de sangue tralhado ora no apreço dos sonoros das concertinas que se faziam ouvir, esperavam pelo momento principal, o de saborear a comida preparada nos referidos potes de ferro donde brotavam saborosos vapores que se espalhavam por detrás da sede como que a criar ainda mais apetite.

Cabril é das aldeias do concelho com mais potencial turístico e estas iniciativas culturais ajudam a divulgar esse potencial, contudo as pessoas residentes têm de tomar as suas próprias iniciativas de negócio para que o desenvolvimento se concretize e se faça sentir.

Fazendo versos, eu sinto Que entretanto a saudade Desconfia que lhe minto Quando lhe digo a verdade.

E dos anos que já levo Com a saudade é que vivo À própria saudade devo O dom de ser seu cativo.

Um garrafão de saudade Mais um outro de aguardente Vão dando, por caridade, Um sopro de vida à gente.

Tinhas razão, minha mãe Quando a chorar me dizias- Olha que em terras d ' além São mais amargos os dias!

José Rodrigues, Bridgeport, CT, USA

Viajei por toda a parte. Desde o Norte até ao sul. Em toda a parte do mundo vi mar verde e céu azul.

Vi sempre estrelas serenas e ondas morrendo em espuma. Todo o sol um só apenas e a lua sempre só uma.

Em terra vi flores a romper do pó do chão. Sejamos como as flores do mundo que em toda a terra se dão.

Sebastião Custódio Duarte

VER FOTOS NA P13 Carvalho de Moura

Todos somos políticos

Orlando Alves foi a Londres, no dia 4 de Janeiro, para degustar mais um jantar sem apresentar qualquer justificação plausível. Em Outubro passado, tinha ido a França participar num outro jantar que um empresário do concelho, todos os anos, oferece aos seus colaboradores e a muitos outros emigrantes lá residentes.

A finalidade destas andanças é unicamente“ agradecer” aos emigrantes os votos que lhe deram a vitória nas eleições de 1 de Outubro.

Em Londres esteve longe dos holofotes que estão a desviar-se dele por causa da credibilidade perdida. Mas, também não insultou ninguém, tal como vergonhosamente aconteceu em Paris.

Tendo o direito de se deslocar aonde lhe apetecer, a um cidadão com responsabilidades políticas, e quando nessa qualidade, exige-se transparência em todos os actos praticados. Nestes dois casos referidos, pode questionar-se qual o interesse público que lhe está subjacente. Ninguém o vê.

As criticas fizeram-se notar porque, como dizem alguns, os grandes problemas do concelho não se resolvem em Paris nem em Londres, mas antes no país que temos e onde é necessário trabalhar para que o desenvolvimento e o progresso sejam uma realidade para melhorar as condições de vida dos barrosões.

Amália, canta-me um fado Dos que levaste guardado Dentro do teu coração. Solta essa voz de uma vez Canta um fado português Com sentimento e paixão.

A morte vil e atroz Não calou a tua voz Só o teu corpo tombou. Muito embora, com mais calma Canta-me um fado com alma Que a alma não se finou.

José Rodrigues, Bridgeport, CT, USA