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Barroso Noticias de 31 de Janeiro de 2018 3 Quentes e boas sobre o «S. João das Chouriças»: A Feira do fumeiro e o ajuste de contas com a oposição Barroso da Fonte Da Feira do Fumeiro deve dizer-se que correu bem e é uma aposta ganha, desde há 27 anos. Parabéns a quem a gerou e aos barrosões, residentes e ausentes, porque alguma coisa teria que ver-se da sementeira dos fundos comunitários e de algumas das muitas promessas que os sucessivos governantes convidados vão verbalizando, quando por cá passam. Há que reconhecer que foram apostas ganhas eventos como: a sexta-feira 13, o Congresso de Medicina Popular e o S. João das Chouriças. Não é contra elas que a oposição está porque a presença maciça dos barrosões é quem faz a festa e dá os seus contributos para esse êxito. É importante ter ideias. E estas têm advindo de alguns barrosões, à cabeça dos quais está o padre Fontes que colocou as terras de Barroso no mapa de Portugal. Está ainda por dirimir a reclamação acerca da paternidade da Feira do fumeiro. Seja como for, muita coisa se despreza, se esquece e se desaproveita. O atual presidente da Câmara tem-se limitado a imitar o seus dois antecessores e, em vez de os honrar naquilo que fizeram de bem, ferve em pouca água e estraga, pela palavra, alguma coisa de útil que mereceria aplausos, se falasse menos e deixasse falar aqueles que formam e informam. Ele foi eleito para gerir, para apaziguar e para distribuir por todos, aquilo que a todos pertence. Em cada lar existe um paradigma da sociedade que todos temos obrigação de cumprir. Os pais devem garantir aquilo de que os filhos precisam: educação, respeito e disciplina. As mães têm as suas tarefas específicas e os filhos, do mesmo modo. Assim, na sociedade civil, religiosa ou empresarial. Os deveres de cada líder estão inscritos no código deontológico da responsabilidade que cada um assume. Quando um líder quer abarcar o céu e a terra, invade os domínios alheios e provoca a zaragata, a guerrilha, o caos. O atual autarca-mor de Montalegre não consegue controlar os seus ímpetos. Não consegue medir distâncias, não sabe guardar para si as suas emoções e, quando menos espera, gera tempestades num copo de água que acumula e derrama no primeiro deslize. Pela boca morre o peixe O «nosso» autarca-mor, dentro das suas competências, habituou-se a gerir a Câmara à imagem de quem gere uma horta. Enquanto teve um líder, nem sempre era coerente com as decisões que votava. Mas, aqui e ali, não tinha a paciência necessária, para manter essas discordâncias pessoais. E, não poucas vezes, confidenciava a (falsos) amigos assuntos que horas depois já eram verdades como punhos. Sei que deste mal anda o mundo cheio. São os mexericos de que muitas vezes, todos somos vítimas. E eu que o diga! Usando dessas competências, o presidente dos Barrosões habituou-se a dar entrevistas a determinados órgãos de informação, para anunciar aquilo que entende. Da rádio Antena Minho e do jornal o Correio do Minho é cliente assíduo. E, na véspera de cada mais uma Feira do Fumeiro, lá vai ele, de caneta e papel em punho para destilar a sua ira. Há um ano atrás, acusou os emigrantes de que investiam fora, aquilo que deveriam investir no seu concelho. Nessa altura, como no último ato de posse e como no dia 25 deste último Janeiro, ouvimos a entrevista e escrevemos, neste periódico, os nossos comentários. Gravados nessa rádio e reproduzidos na edição seguinte do Correio do Minho de 27, com os microfones abertos, encheu quatro páginas, com linguagem do tipo daquelas admoestações descabeladas que exibiu no «estórico» debate pré-eleitoral, na Rádio Montalegre e no LusoJornal, após a vitória que o reelegeu com renovada maioria. Valerá a pena arquivar essa entrevista porque nela se enunciam as reflexões a que aludo atrás. Os entrevistadores – Rui Alberto Sequeira e José Paulo Silva - chamaram a título a frase que o Prof. Orlando Alves ali repetiu: «que a dignidade das Gentes do Barroso foi beliscada pela oposição». E disse mais: «Foi porventura a eleição mais suja em que participei. Montalegre foi falada pelos piores motivos, foi apresentada ao mundo como sendo uma terra em que os valores da democracia não existem. Alguém construiu um cenário no qual envolveu pessoas importantes que abriram caminho para um programa televisivo que me abstenho de caracterizar e que foi um autêntico enxovalho para Montalegre e para os barrosões. Um muito mau serviço prestado pela oposição que motivou a intervenção do Ministério Púbico num processo que está a decorrer». Questionado pela fúria do discurso de tomada de posse, disse O.A.: «a tomada de posse era o local certo para lavar a honra de quem se sentia beliscado: eu, os meus colegas de vereação, o PS e todos os barrosões. A tomada de posse foi o sítio certo para repor a verdade dos factos, porque não tive acesso às televisões, nem me foi dada a possibilidade do contraditório». Ora aqui está a extemporalidade, a incoerência e a ousadia de um autarca que acusa a RTP por cumprido o dever de formar e de informar. Tanto mais grave, quanto é certo, ter o Ministério Público, decidido abrir um inquérito rigoroso, não àquilo que a oposição fez ou não fez, disse ou não disse, mas àquilo que as imagens mostraram, que as excursões organizadas por um presidente da Junta do PS, permitiram ver e ouvir, rumo às mesas de voto. Um político que preside a uma autarquia, ainda que pequena, tem o dever cívico de esperar os resultados do inquérito que não resultou de uma birra leviana, da direita ou da esquerda, da derrota ou da vitória. Resultou de provas vistas, faladas e excêntricas que indiciam factos anti-democráticos, deploráveis, suscetíveis, inclusive, de cumprir cadeia aos seus autores. A ver vamos. O autarca Barrosão confessa que, no ato de posse, fez um ajuste de contas com a oposição ao proferir o discurso agressivo, provocatório e descabido, Deveria, ao invés, aproveitar o ensejo para aproximar os eleitos, com os quais vai trabalhar, 4 anos, para bem das Gentes e do concelho. O mesmo número de votos que elegeu o vencedor, MAPC elegeu o vencido. Só diferiu o número de eleitos: 5 contra 2. Mas a democracia cumpre-se, tanto no poder como na oposição. E por isso não deveria aproveitar- se de uma entrevista dada para promover chouriças, presuntos e outros víveres regionais, prosseguindo a desforra daquilo de que não gostou de ver e de ouvir numa estação de serviço público. Nesse discurso teimou em citar «a faca e o alguid ar». Na nossa terra, essa justiça tem um significado assassino. Através desta entrevista revela que desafia tudo e todos aqueles que não votam nele. Não consegue respeitar os discordantes. E, no caso em apreço, saiba esperar pelas conclusões do inquérito que o Ministério Público tem vindo a apurar. Administrativo de Mirandela, para que a Quinta da Veiga regresse à Câmara. Num território extenso como é o nosso temos de ter mais um quartel para a GNR no Baixo Barroso. Já temos a melhor pista para o Campeonato do Mundo de Rallycross. E temos o campeonato da Europa de Parapente». Contudo tínhamos dois hotéis. Hoje, «estamos a viver o drama de não termos nenhum a funcionar». E temos dois projetos aprovados: «O arquivo e a piscina municipal, esta fechada há seis anos». E uma estrutura básica que é a central de camionagem. Nesta já ninguém fala, sabendo- se que é uma vergonha, talvez a primeira de todas, porque ressalta aos olhos de quem chega e de quem parte. «Descarbonizar a sociedade na Câmara de Montalegre» é palavra de ordem Se não têm confiança na RTP corta-se o mal pela raiz. Se não é, parece «Temos políticas em curso na Câmara que ajudam à «descarbonização da sociedade». Essa promessa tem a ver com a substituição de todas as lâmpadas de mercúrio por lâmpadas LED. E vão chegar três viaturas elétricas com três pontos de recarga para essas viaturas: em Montalegre, em Salto e em Cabril. As obras de reabilitação do Castelo ainda aguardam o visto do Tribunal de Contas. O município – diz O.A. – investe o seu dinheiro num equipamento que é do Estado. É a única forma de termos a sala de visitas de Montalegre aberta aos turistas. Mas então o Estado não anunciou para o restauro do Castelo uma verba da ordem de um milhão e tal de euros para esse restauro? Já gastaram 400 mil euros em 2 kms entre Lodeiro d'Arque e Teixugueiras, troço de Cabeceiras e afirmou publicamente que estava disponível para gastar outro tanto no troço de Chaves. Se anda, agora, a gastar mais dinheiros do orçamento de Montalegre, retirando-o aos Barrosões não é bom gestor. Fazer filhos em mulher sempre foi crime. Por outro lado queixa-se de que «não houve boa vontade para com a Câmara, para fazer um investimento irrisório de Sete Milhões, com a ligação à A-24. Temos um processo há mais de uma década no Tribunal A RTP costumava, nos certames anteriores, deslocar pessoas e meios técnicos para transmitir, a partir do recinto da Feira do Fumeiro, uma reportagem ao vivo, durante toda a tarde desse dia. E convidava, na véspera, uma representação para, a partir do Monte da Virgem, em Gaia, se fazer uma antevisão do evento. Este ano apenas vimos, no dia da abertura, três breves intervenções, através de uma jornalista que ali se deslocou, para brevíssimos instantes. Conviria saber se foi a RTP que acabou com esses louváveis diretos, se foi por falta de confiança do autarca-mor na equipa de Sandra Felgueiras que resolveu recolher imagens e testemunhos para o programa «Sexta às 9» do dia 6 de Outubro passado. É que O. A. acusou essa Jornalista e esse canal televisivo de «comprar» a reportagem que tanto deslustrou a «mais folgada» vitória socialista de sempre. Face ao que O.A. propalou, ameaçou e teima em repetir, apetece perguntar: - quem beliscou a dignidade das gentes do Barroso: foi o Presidente da Câmara de Montalegre ou foi a oposição? Vamos aguardar os resultados do inquérito do Ministério Público. Esperamos que, face às conclusões dessa insuspeita averiguação, sejam assumidas as consequências.