Goiânia, Janeiro / Fevereiro de 2018
“ANO NOVO VIDA NOVA”
Adalberto Mota
“ANO NOVO VIDA NOVA”. Este adágio, com
certeza, andou em milhares de bocas na chegada do
“Ano Novo”, sem passar pelo córtex cerebral da esma-
gadora maioria dos seus anunciantes. Como é de praxe,
sai ano, entra ano e o velho bordão continua em cartaz,
condimentado pelos velhos ingredientes de sempre:
matança com requintes de crueldade do ano velho,
classificado como “uma lástima”, em parceria com um
clima de euforia quase histérica, regado pelo consumo
exagerado de comes e bebes que antevê o “Ano Novo”,
tido e havido como a fada madrinha que nos propiciará
paz, saúde, amor e prosperidade, dentre outras benesses
que dizemos necessitar e cremos merecer. Desfiamos
um rosário de “simpatias” ou “mandingas”, “infalíveis”,
colocamos indumentárias brancas e nomeamos o pon-
teiro do relógio, parceiro quase esquecido no ano findo,
como a preciosa “varinha de condão” que, magicamen-
te, ao badalar da meia noite, nos felicitará com as ventu-
ras avidamente sonhadas e erigidas em pedestais distan-
tes, como vetores de plena felicidade.
Como vemos, mudamos apenas a forma, travestin-
do a essência milenar com uma roupagem “moderna” na
tentativa vã, quase inconsciente, de maquiar a irraciona-
lidade ainda reinante. Alguma semelhança com o bezer-
ro de ouro construído por Arão? Será que o homem do
século XXI não é capaz de analisar a vida e o viver sob o
crivo da razão, tão aventado pela Doutrina Espírita? Por
que ainda acalentamos a prática de mandingas ou simpa-
tias como acepipes de uma vida venturosa? O que nos
leva a crer nessas falácias?
A Doutrina Renovadora que abraçamos e anuncia-
mos como o Consolador Prometido, que tem como
tarefa de maior valia, arrancar o véu de ignorância que
macula nossa alma, leciona que: “só colhemos o que
plantamos”.
Se buscarmos o alicerce da fé raciocinada, veremos
que o sol desperta e se põe no dia 1° de janeiro da mesma
forma que o faz nos outros dias do ano, deixando claro
que a vida se renova a cada amanhecer, nos convidando
a deixar nas brumas da escuridão da noite aquele homem
velho, carcomido pela intolerância, afeito à invigilância,
atrelado à lei do menor esforço e iludido em colher
aquilo que jamais plantou. Torna-se imprescindível
deixar florescer o homem renovado na crença em Deus,
na prática do bem e na busca da verdade.
Esse Capelli tem sido portador de mensagens
simples e diretas que carecem ser sopesadas, com maior
afinco. Nesta, nos alertou:
- “Trabalha; sempre existe uma tarefa para o
homem de boa vontade. Não permita que a indolência
degenere tua mente e tua honra. Qualquer que seja a
tarefa, remunerada ou não, torna-se para o trabalha-
dor, refrigério para a alma e bálsamo para a consciên-
cia. Deus é trabalho permanente, por isso temos que o
trabalho é a mais fervorosa oração”.
Nestas outras, complementou:
- “Quem verdadeiramente trabalha, não tem tem-
po de ser ruim”.
- “Caminha, se desejas chegar. Trabalha, se dese-
jas construir”.
- “Se desejas fazer alguma coisa, inicia logo, pois
a ninguém é dado alcançar o sucesso na inér-
cia”.
- “O sucesso inicia-se dentro e, não, fora do ho-
mem bem sucedido”.
- “O sucesso é composto de: 1% de sorte, 1% de fé
e 98% de suor”.
Regina Brett (90 anos), para celebrar seu envelhe-
cimento, escreveu 45 lições que a vida lhe ensinou.
Vamos citar algumas, para nossa reflexão:
- “A vida não está amarrada com um laço, mas
ainda é um presente”.
- “A inveja é uma perda de tempo. Você já tem
tudo que precisa”.
- “Tudo o que verdadeiramente importa no final é
que você amou.
- “O que outras pessoas pensam de você não é da
sua conta”.
- “Perdoe tudo de todo mundo”.
- “O órgão sexual mais importante é o cérebro”.
- “Respire fundo. Isso acalma a mente”.
- “Se um relacionamento tiver que ser segredo,
você não deveria entrar nele”.
- “Faça as pazes com o seu passado, assim ele não
atrapalha o presente”.
- “A vida é muito curta para desperdiçá-la odian-
do alguém”.
- “Livre-se de qualquer coisa que não seja útil,
bonito ou alegre”.
- “Prepara-se mais do que o necessário, depois
siga com o fluxo”.
- “O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo.
Esse Capelli e Regina Brett nos ofertaram belís-
simas “mandingas” ou “simpatias” que, seguidas à risca,
farão de nós em 2018, Felizes Homens Novos. Que
assim seja!
Que neste ano de 2018 você interiorize o verdadeiro significado da lei maior que rege o reino de Deus: amor,
incondicional, por todos os filhos da creação, e possa enfim ser instrument