Newsletter Clínica Médica da Foz Julho 2019 | Page 6
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Varizes no feminino e no
masculino
Dr. António Lúcio
Clínica Médica da Foz
A
s doenças venosas têm a sua maior expressão
nas chamadas varizes. Trata-se de uma dilatação
anormal de veias das pernas e é de tendência he-
reditária. Esta situação afeta predominantemente o sexo
feminino, mas pode afetar também os homens, embora
em menor percentagem.
Esta patologia atinge diferentes estádios, desde situa-
ções muito simples a que vulgarmente as pessoas cha-
mam ”derrames”, até situações graves, como flebites (in-
flamações das veias) e úlceras venosas.
São aparentemente simples, mas estas doenças são na
realidade complexas e exigem consulta médica antes de
se iniciar um tratamento. O leque de tratamentos tem
vindo a alargar-se e as técnicas diversificam-se e simplifi-
cam-se, incluindo tratamentos com laser, técnicas combi-
nadas com cirurgia e escleroterapia e, ainda, tratamento
cosmético num programa aplicado caso a caso, duma
forma personalizada e eficiente, e com resultados com-
provados.
É durante o inverno e a primavera que estas situações
devem ser preferencialmente tratadas, dado que as com-
plicações surgem mais frequentemente no verão.
A gravidez, a menopausa, as alterações hormonais, o
excesso de peso e a falta de exercício podem agravar as
doenças venosas, bem como as profissões que especifica-
mente obrigam à permanência de pé por longos períodos
de tempo.
O que há de novo?
O primeiro passo é a consulta para diagnosticar criterio-
samente a situação e propor o tratamento adequado. Se-
gue-se a programação e tudo isto baseado numa técnica
de project management, em que cada doente é um caso.
As técnicas combinadas vão desde o laser até à cirurgia,
muitas vezes em ambulatório, mas cada vez mais com
procedimentos minimamente invasivos.
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O que vem aí de inovação?
Laser, robótica e inteligência artificial são desafios que
estão em investigação e em cujos programas estamos en-
volvidos, sendo os testes promissores. Estas novas ferra-
mentas permitem melhorar os resultados, minimizar o
erro médico e baixar a dor.
Convém frisar que além de tratamento médico curativo
há que atender também à componente estética, cada vez
mais um objetivo e desejo de muitas mulheres e homens
de se manterem bem esteticamente dado que estas situa-
ções interferem com a autoestima.
Estética também é saúde. Embora muitas pessoas não
relacionem a estética com a alteração corporal, o facto
é que os trabalhos científicos demonstram essa ligação.
A moda, as revistas e os filmes estabelecem um ideal de
corpo e daí ”um padrão que bem ou mal tende a ser se-
guido”.
Quando esse padrão está distante, surgem situações
de insatisfação ou mesmo de perda da autoestima. Daí
a necessidade da intervenção de profissionais, por vezes
em equipa para corrigir ou minimizar certas situações,
onde a componente psíquica tem uma importância fun-
damental e o cuidado principal será o de não criar falsas
expectativas. Como explica a Professora Junia de Vilhena
num excelente trabalho de investigação sobre este tema:
”a aparência passa, então, a ser o que de mais particular,
único e singular o indivíduo possui”.
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