Modalidades de formação adequadas ao que o professor tem como finalidade formativa;
Busca do significado das ações educativas, que devem ser compartilhadas com outras equipes docentes tendo em conta o contexto em que se forma;
Formação como processo de definição de princípios e de elaboração de um projeto educativo conjunto que preveja o uso de atividades educativas mais adequadas à mudança na educação;
Formação no lugar de trabalho, na própria instituição educacional.
Propomos que os docentes construam um portfólio para registrar o desenvolvimento das atividades de produção pedagógica. Essas atividades dessem ser guiadas pelo seguinte problema:
Quais os saberes didáticos necessários à prática docente no ensino técnico?
Para desenvolver o estudo/reflexão/ação em torno deste problema selecionamos algumas perguntas pedagógicas. De acordo com a estratégia de “perguntas pedagógicas” (ALARCÃO, 2010, p. 62 apud SMITH, 1989) a formação é desenvolvida através de questões hierarquicamente organizadas que se elevam da descrição à transformação:
• questões descritivas: os professores descrevem que fazem (apresentadas na unidade 1);
• questões interpretativas: interpretam o significado das ações (apresentadas na unidade 2);
• questões confrontativas: trazem novos olhares e perspectivas sobre as ações (apresentadas na unidade 3);
• questões reconstrutivas: promovem a mudança, reconstrução e inovação (apresentadas na unidade 4);
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Além disso, esse modelo de formação continuada (IMBERNÓN, 2011, p. 86):
Aposta em novos valores. Em vez da independência, propor a interdependência; em vez do corporativismo profissional, a abertura profissional; em vez de isolamento, a comunicação; em vez da privacidade do ato educativo, propor que ele seja público; em vez do individualismo, a colaboração; em vez da dependência, a autonomia; em vez da direção externa, a autorregulação e a crítica colaborativa.
IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2011.
“Nos últimos anos tem-se realçado o valor formativo da pesquisa-ação e a formação em contexto de trabalho, pelo que muitas vezes se usa o trinômio pesquisa-formação-ação. Subjaz a esta abordagem a ideia de que a experiência profissional, se sobre se refletir e conceptualizar, tem um enorme valor formativo. Aceita-se também que a compreensão da realidade, elemento que constitui o cerne da aprendizagem, é produto dos sujeitos enquanto observadores participantes implicados. Reconhece-se ainda que o móbil da formação nos profissionais adultos advém do desejo de resolver os problemas que encontram na sua prática cotidiana.” (ALARCÃO, 2010, p 51)
ALARCÃO, Isabel. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. 7 ed. São Paulo: Cortez, 2010.