sim, o Brasil perene das instituições fortes e responsáveis, dos valores eternos e consensuais, mas tudo isso o faremos respeitando as verdadeiras conquistas democráticas e institucionais.
Os políticos, amigos, eles passam! Eles, na verdade, precisam passar. Ora, precisamos ter presidentes e senadores e deputados e vereadores? Claro que sim! Mas são estes papeis, necessariamente, impessoais. Precisa ficar claro e seja sempre lembrado: nenhuma pessoa será confundida com o papel que exerce em nossa democracia. Há muito tempo se perdeu a impessoalidade das funções eletivas e, na esteira dos esforços políticos, arranjou-se um jeito de eternizar pessoas e partidos às custas das instituições. Legendas e famílias se arvoraram no público, como se os assuntos públicos pudessem ser personalizados à revelia de um povo. Não podem, não serão e dizemos ainda mais: precisa haver urgentemente e para o bem dos institutos nacionais tão arduamente construídos e conquistadas, um esforço de despolitização da cúpula e de blindagem das decisões. Um país inteiro é levado a vilipendiar os institutos da pátria, enquanto a cúpula política que atacou e aparelhou a instituição foge, sorrateiramente. Estão destruindo irresponsavelmente o patrimônio público, criando as opiniões mais odiosas e desorganizadas sobre tudo de bom e necessário que esse país já pôs de pé. Precisamos revisar nossos valores e nossas prioridades, mas precisamos sim de instituições públicas perenes para o bem de nossa soberania. E só as teremos quando soubermos separar claramente o Brasil que fica, o Brasil perene, o Brasil institucional que nós sabemos onde encontrar - porque estão lá agora e estarão daqui a 20 anos - do “brasilzinho”
6