sentido, nos defenda de toda espécie de mal social, econômico e inclusive político. Por todo lado, os brasileiros pedimos ordem, progresso e, também, um pouco de paz, mas o fazemos de um modo distorcido pelas circunstâncias e pela aflição. Uns falam em regime militar, outros procuram um salvador da pátria cuja ignominia nos domine, mas estão errados. E a esse ponto de erro chegamos porque nos removeram o maior dos bens de um povo: sua soberania e a sensação que ela é capaz de trazer, transformando o nosso gigantismo e a nossa diversidade em fatores de instabilidade e de desunião, quando, na verdade, deveriam ser a força motora da nossa Nação.
Precisamos, com urgência, substituir o Brasil dividido, frágil, portanto, vulnerável pelo uno e soberano. Infelizmente, na conta de nossas fragilidades e divisões étnicas, regionais, de gênero, políticas, caímos aos pés das quadrilhas políticas, do crime organizado, dos interesses internacionais e dos corporativos, dos favores e das facilidades. Como também caímos humilhados aos pés de nossas imensas confusões e irresponsabilidades executivas, das loucuras legislativas acertadas “para o bem do país”, da arrogância irrefreável de um judiciário que nos insulta diariamente. Precisamos dizer e repetir que caímos, porque enquanto não admitirmos que caímos em definitivo, não seremos capazes de nos reerguer para sempre. Porque admitir tudo isso é reconhecer que não podemos abrir mão desse bem tão valioso que é nossa liberdade como país, ou melhor, nossa soberania como pátria. O Brasil pede e implora por ajuda, mas essa ajuda não pode vir de fora, nem da força irresponsável e nem de uma única vontade iluminada. Essa é a saída fácil que nos fará perder tempo e perder tudo. Precisamos resgatar, isto
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