cultura, a arte possa ser tudo, mas que também seja arte. Quer dizer, que nos ajude a respirar levemente diante da materialidade da vida e que nos permita sonhar para além dos dias. Precisamos nos reinventar nas canções, nos contos, nas piadas, nas novelas, nas galerias, no teatro, precisamos de todos os espaços possíveis, porque nosso sonho é grande. Que sejamos todos artistas e que esta arte seja nosso pulmão de esperança, ajudando a encontrar mais caminhos até descobrirmos o realmente nosso. Nossa sociedade encontre, na cultura e na arte, um caminho para continuar sonhando, na certeza de ser a leveza dos sonhos artísticos mais uma fantástica invenção humana.
Finalmente, seja valorizada a cultura plural. Antes da cultura imposta, venha a coletivamente construída. Antes dos espaços confinados, venham aqueles abertos à colaboração. Antes das ilusões digitais, venham as interações humanas. Antes da língua escondida, venha aquela reorganizada pelo movimento natural das massas de braços dados com a academia. Antes da algazarra anônima, venham os valores da família e seu compromisso com o futuro. Antes do desrespeito irresponsável com as tradições espirituais, venha o respeito a cada espaço religioso. Antes dos favorecimentos econômicos viciantes, venha o zelo e respeito por tudo que se faz arte. Porque o belo se constrói por muitas mãos, enquanto o leviano se leva a cabo de um só golpe. De modo que se trate cultura o movimento plural de vida que põe de pé o paciente operado, mas nunca o golpe solitário que o afligiu irresponsavelmente. A valorização da cultura seja, antes de tudo, a reafirmação de que seres humanos são seres
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