haja sempre um esforço coletivo em definir oportunidades para todos, de modo que eventualidades não se consolidem em diferenças, discriminações, desigualdades. Que os mais bem posicionados neste ou naquele assunto sejam reconhecidos, claro, mas não em exagero ou como exercício desmedido de subserviência ou vaidade, e, sim, na medida suficiente para capacitá-los a auxiliarem a coletividade e os mais desguarnecidos. Portanto, seja praticada, sempre de maneira generosa e meritória, a igualdade de oportunidades, para que a educação também cumpra seu papel na construção do solo comum, a viabilizar soberania.
Ademais, nenhum brasileiro sinta-se inferior a outro ou a qualquer estrangeiro. Que, ao ler seus livros de ciências com tantos nomes irreconhecíveis, possa perguntar onde estão os nomes nacionais e onde poderá ele próprio escrever seu nome. Que não se submeta – nem por vontade própria, que é o mais perverso dos crimes, e nem por designação alheia, por saber portador de possibilidades infinitas – ao mando intelectual de qualquer grupo ou povo. Que não lhe seja subtraída a oportunidade de sonhar com as alturas, sabendo, por sua convicção de igualdade, que, para alcança-la, terá que se esforçar mais que qualquer um. Que cada brasileiro possa explorar seus próprios limites, sem que sejam postas condições materiais ou psicológicas já na partida ou em qualquer etapa de seu desenvolvimento. Porque, num país, o sonho de um cidadão é o sonho de todos os cidadãos. Ou seja, o sonho de um único brasileiro seja o sonho de todo o Brasil.
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