“ Há metafísica bastante em não pensar em nada. O que penso eu do mundo? Sei lá o que penso do mundo! Se eu adoecesse pensaria nisso. Que ideia tenho eu das coisas?
[...] Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência”
Em certa medida, não seria nem um pouco exagerado comparar o viver da Família com o fazer Literário. É ignorante aquele que localiza a avó na história e, simplesmente, declara que ela era uma mulher do seu tempo ou, ao contrário, uma vanguardista. Nesses termos, apenas perpetuamos a credulidade de quem sempre olha para a sua juventude como o tempo de glória dos românticos, dos revolucionários, dos éticos. É ingênuo achar que a literatura é simplesmente um espelho do seu tempo: não é. A originalidade encontra-se justamente na síntese de aspectos que fogem ao observador comum, trata-se de perspectivas, por vezes individualizadas, mas sobretudo múltiplas. Se desejas contextos, vá a um livro de história. No entanto, se buscas singularidades, sensações demasiadamente inusitadas para caberem na estória de estados, reis, presidentes, vá à literatura ou, porque não, à família. Ou se puderes, vá ver minha avó chorar.
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