Madame Eva Mme Eva quarto numero | Page 11

ele deu-me as costas, virou-se e piscou. Irônico, de costas, piscou. E o poeta sem versos pôs-se a roubar Verlaine! Riscava-me as estrofes, tingia com seu vermelho as páginas honestas do meu luxurioso caderno moleskine, cada gota a expor as mágoas de Sodoma. -errar, por errar, não hás mais de errar! como odeio que me contem as sílabas – os loiros nunca me trataram bem. -volte sempre, garoto! Volte sempre! E numa piscadela, a mostrar quem que manda, sim, numa piscadela, devolveu-me os poemas. Numa piscadela arrebentou-me, numa piscadela. Num breve intervalo, fui tudo o que pude: nu, como um filósofo, uivei de alegria – me-meta-meta-meta-metafísica! Meti-lhe, meteu-me, metemos-nos! Juan Pablo em meus braços: sem dizer palavra, 9