com seu espanhol,
com meu português,
nada entendíamos,
mas nossos olhares:
riam, nossos olhares...
Dias regados,
desregrados,
dias felizes,
– mente-mente-mente-mente-é-mentira!
Um gole de pisco!
Só um gole de pisco
para acreditar,
só um gole de pisco...
E foi-se a garrafa de pisco,
à Amazônia do Peru,
e foi-se a mentira do psico
ao inferno e ao meu cú.
Fechei os olhos;
abri-os.
Tornei à cova.
Abri-os.
Fechei os olhos:
abri-os.
Fechei os olhos: abri-os;
Fechei-os-olhos:-abri—os -
Fecheiosolhos:abri-os!
No estroboscópio de meus olhos:
pisquei para fugir à cova.
-Não pisco nunca mais!
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