Livros Titanic o navio dos sonhos | Page 8

Titanic: O Navio dos Sonhos abrir caminho no meio dos passageiros até os vagões vazios. “Pode deixar que eu levo, filhinha”, disse o pai carinhoso, curvando-se para levantar a menina e colocá- la no trem. Com Nana já dentro a salvo, John Harper levantou as duas malas de couro marrom e colocou para dentro do vagão. O vagão no qual entraram tinha oito poltronas de cada lado e uma segunda porta nos fundos. A porta estava trancada, porque dava direto para os trilhos. Com muito cuidado, o pai de Nana colocou as duas malas na prateleira acima dos assentos e em seguida acomodou a menina na poltrona. Nana havia escolhido um lugar bem ao lado da porta. Dali podia espiar pela janela e observar a massa humana que se movia agitadamente na estação. A menina ficou boquiaberta quando um carregador chegou, acompanhando uma senhora com um maravilhoso vestido de veludo verde, até o compartimento onde estavam. “Mas eu só viajo de primeira classe”, a mulher protestou para o carregador de rosto avermelhado, enquanto ele levantava sua mala e colocava para dentro, perto dos pés de Nana. “Desculpa, minha senhora”, ele respondeu, “mas trem com primeira classe só daqui a duas horas. Se a senhora quiser, pode esperar, senão tem que ir neste mesmo, com os passageiros da segunda e da terceira classe. Ele vai para o mesmo lugar que o trem da primeira classe: para Southampton, encontrar o novo navio, Titanic.” “Ninguém me disse que havia dois trens partindo hoje”, a mulher continuou seu protesto, “mas com certeza eu não vou esperar nem um minuto a mais nesta estação imunda. Isto aqui é uma desgraça.” A mulher arrogante subiu no vagão onde a pequena Nana e seu pai estavam sentados e depois se voltou mais 6