Livros Problemas humanos respostas divinas | Page 13

O Problema da Culpa 13 algum passatempo ao qual ela se entrega em atividade constante e inquieta. Ela trabalha incessantemente a fim de aliviar a frustração produzida pela culpa. Ou, em outro, a culpa pode produzir uma inquietação a ponto de o indivíduo ter que estar continuamente ocupado com alguma coisa – uma revista, a televisão, uma conversa ao telefone ou saindo constantemente. A culpa leva um homem a realizar atividades agitadas porque, quando ele está quieto, a culpa levanta um dedo acusatório e o transforma em um homem miserável. Um filho de Deus pode reagir à culpa da mesma forma que um homem que não foi salvo. A culpa pode produzir uma atividade febril, uma inquietação, uma busca pelo prazer que coloca Deus de fora da história, que procura amortecer a convicção da Palavra de Deus e a acusação do Espírito de Deus que está lá dentro. O crente pode manifestar essa inquietação em atividades que parecem perfeitamente normais, como ir a uma reunião após outra e negligenciar o que é a sua responsabilidade em casa ou no trabalho; fazendo isso, ele está encobrindo a culpa ao comparecer às reuniões da igreja ou aos estudos da Bíblia. Guiado pela culpa, ele pode procurar abafar a consciência acusatória com atividades que ele acredita que Deus aprovaria. Ao lidar com esse problema da culpa, duas facetas diferentes da verdade devem ser apresentadas: a doutrinária e a prática. Como a prática deve sempre ser baseada na doutrinária, começamos com a última. Em Hebreus 10, o apóstolo está escrevendo com relação à resposta de Deus para a culpa e a consciência culpada. Ele começa dizendo que, no sistema de sacrifício do Velho Testamento, não havia uma solução final para o problema da culpa. “Porque, tendo a lei a sombra dos bens futuros e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. Doutra maneira, teriam deixado de se oferecer, porque, purificados uma vez os ministrantes, nunca mais teriam consciência de pecado.” (Hebreus 10:1-2)