Livros Permanecendo fiel à fé | Page 16

Permanecendo Fiel à Fé fisicamente seus oponentes, ainda assim, por que eles saíam por aí afirmando constantemente, em seus sermões e exposições públicas, assuntos que eles sabiam que ofenderiam tanto os judeus quanto os gentios? Por que Pedro e Paulo constantemente insistiam em sua declaração de que Jesus havia ressuscitado dentre os mortos e era o Messias, mesmo quando eles pregavam em sinagogas judaicas, onde eles sabiam que isso era uma questão tão divisora? Por que eles não poderiam concentrar-se em seu ensinamento moral e em sua maravilhosa compreensão da paternidade de Deus, em que todos, cristãos e judeus, da mesma forma, poderiam concordar? Por que Estêvão precisava insistir em dizer que o templo em Jerusalém nunca fora mais do que um meio parcial e temporário de comunhão com Deus e que Jesus Cristo estava no processo de torná-lo obsoleto, quando ele deveria ter percebido quanto isso era chocantemente ofensivo às sensibilidades religiosas de seus colegas judeus e às suas crenças mais profundamente estimadas (6:8-8:3)? E por que os apóstolos deveriam macular seu rito perene e profundamente respeitado da circuncisão por não contribuir em absolutamente nada para a salvação de qualquer um, seja gentio ou judeu (capítulo 15)? Uma das principais médiuns-espíritas em Filipos (16:16-39), cujos serviços significavam muito para muitas pessoas naquela cidade, recebeu Paulo e seu grupo evangelístico publicamente e sugeriu que ela e eles tinham muito em comum. Por que Paulo se voltou para ela, rejeitou sua cooperação, acusou sua forma particular de religião de má, e, como resultado, criou um grande ressentimento na cidade? Os principais pensadores da época há muito sugeriram que todas as religiões, quaisquer que fossem os nomes que usassem para o Ser Supremo – quer o chamassem de Zeus, ou Javé, ou Júpiter, ou Baal, ou o Único – tudo significava a mesma coisa. Por que os cristãos não podiam aceitar que todas as religiões eram simplesmente caminhos diferentes, mas igualmente válidos, de alcançar o mesmo Deus? Por que eles precisavam ofender as tradições e a cultura de tantas pessoas, criar tamanho ressentimento e provocar tanta animosidade religiosa e disputa civil por tentarem continuamente converter pessoas de outras religiões para sua própria? Desde Júlio César, sucessivos governos romanos haviam criado legislações especiais para a proteção da religião judaica, por mais estranha que eles a considerassem. E Lucas é testemunha de que um governador romano regular (caso não seja corrupto como Félix, 24:26- 16