Permanecendo Fiel à Fé
esperança para o futuro do ser individual e do mundo. Eles pregavam
Jesus como o único Salvador, não a partir da estreiteza de visão ou do
imperialismo religioso, mas pela pura alegria de dizer que Deus, em
Jesus Cristo, fez o suficiente para a salvação de toda a humanidade.
Nenhuma outra salvação era válida; nenhum sacrifício comparável
foi oferecido em qualquer lugar, de qualquer forma; mas, neste caso,
nenhum outro sacrifício ou salvação era necessário. A paz com Deus é
um presente, disponível a todos, instantaneamente e gratuito.
"Sim, mas" – diz alguém – "tudo bem os cristãos acreditarem nisso
dentro de seus próprios círculos. Mas, hoje, no Ocidente, vivemos
em uma sociedade pluralista, na qual não estaria verdadeiramente
no espírito cristão sair por aí tentando converter pessoas de outras
fés ao Cristianismo. Isso poderia levar a maus relacionamentos
comunitários, se não à desordem civil".
O perigo é real demais; e a violência que ainda está sendo
perpetrada em muitos lugares em nome da religião enjoa toda pessoa
correta. É quando vamos analisar a causa disso que precisamos tomar
cuidado com os diagnósticos superficiais. Hoje, isso é comumente
considerado uma atitude "fundamentalista" na religião. Mas um
termo que possa, com igual propriedade, ser aplicado às pequenas
igrejas menonitas e amish, as quais creem na Bíblia e cujos membros
são todos pacifistas, e, simultaneamente, aos milhões de militantes
do Islã, é inútil para propósitos analíticos. No que diz respeito à
Cristandade, não foi a adesão fiel às doutrinas básicas da Bíblia que
causou a demasiadamente frequente intolerância, discriminação
política e derramamento de sangue em nome da religião. Foi a pura
desobediência à proibição de Cristo ao uso da espada, ou da violência
de qualquer tipo, para promover ou proteger a causa de Cristo, ou para
reforçar a igreja ou reduzir os "hereges" e infiéis. Mas a desobediência
passada não pode ser reparada por uma deslealdade que abranda ou
compromete as alegações supremas de Cristo, por medo de que essas
alegações causem ofensa.
Mas aqui, novamente, Atos vem ao nosso auxílio, pois, ao decidir
qual deve ser a verdadeira atitude cristã, dificilmente podemos
ignorar a prática dos apóstolos da igreja. É fato que, como Atos
frequentemente registra, os magistrados e governadores romanos, por
exemplo, muitas vezes foram irritados por seus primeiros encontros
com o Cristianismo. Tumultos se rompiam em áreas pelas quais eram
responsáveis, e, sob investigação, os cristãos geralmente pareciam
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