Permanecendo Fiel à Fé
templo de Deus em Jerusalém. Eles não acreditavam na possibilidade
da ressurreição física também! Todos eles eram saduceus (4:1-7;
5:17-18; 23:6-8). Eles não acreditavam nem na ressurreição do corpo,
nem na existência de anjos, nem mesmo na sobrevivência do espírito
humano após a morte. E, além disso, citavam a Bíblia para tentar
provar sua causa!
O fenômeno de clérigos em ordenações sagradas, com a Bíblia
em suas mãos, falando assim, negando não somente a encarnação,
a ressurreição física e a ascensão de Jesus, mas até a possibilidade
teórica de tais eventos acontecerem, parece muito moderno; e, para
muitos, tem toda a atratividade de estar em dia, na vanguarda de lado
a lado com o pensamento moderno. Para dizer a verdade real, isso
é tão antigo quanto os primórdios do próprio Cristianismo. A única
diferença é a de que, naqueles dias (embora não por muito tempo
– veja 1 Coríntios15), tais pessoas estavam fora da igreja cristã, não
dentro dela.
Precisamos, urgentemente, portanto, permitir que a história
de Lucas sobre o surgimento do Cristianismo nos lembre os fatos
contemporâneos. Quando se trata da relutância em acreditar
na ressurreição corporal do Senhor Jesus nos campos religioso,
filosófico, científico ou meramente cultural, o mundo antigo não era
significantemente diferente do moderno.
Se, então, os apóstolos tivessem ouvido conselhos tais como os
que recebemos de nossos pensadores avançados hoje e tivessem
desistido de sua insistência na crença da ressurreição física de Cristo,
então, as igrejas cristãs certamente nunca teriam caído em declínio:
nunca teria havido qualquer igreja cristã (veja 1 Coríntios15:12-20).
Consideremos a afirmação do Cristianismo de que a salvação
é encontrada somente em Cristo e em nenhuma outra religião ou
filosofia (4:12). Reconhecidamente, isso perturba muitas pessoas
modernas; elas sentem que isso é resultado da ignorância, se não
da arrogância. Isso era natural, dizem, no mundo antigo onde o
Cristianismo era a religião oficial de uma cultura monoteísta, na qual
as pessoas sabiam muito pouco do mundo exterior e consideravam
tudo lá fora estranho e hostil de qualquer modo. Mas, elas afirmam,
não vivemos mais em um mundo como aquele. Estamos bem a
caminho de uma cultura mundial. E, de qualquer forma, sabemos mais
sobre as religiões mundiais agora do que os antigos sabiam, e, como
resultado, não podemos mais afirmar com razão, como eles faziam,
12