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Em Defesa de Deus
Resposta: Isso também é verdade em muitos casos, mas
não podemos realmente coagir alguém para que acredite —
podemos apenas fazer com que alguém finja que acredita.
6. Se não eliminarmos a crença religiosa na quinta-feira da
próxima semana, a civilização, tal como a conhecemos,
estará condenada.
Resposta: É claro que os mulás loucos são perigosos e o
islamismo extremo é uma ameaça a ser levada a sério. Mas
temos sobrevivido à religião monoteísta por 4.000 anos ou
mais, e posso pensar em uma ou duas outras coisas que são
uma ameaça muito maior para a civilização.
7. Confie em mim: Sou um ateu.
Resposta: Por quê?
Humphrys acrescenta ironicamente: “Eu não peço desculpas se tiver
simplificado demais os seus pontos de vista com essa pequena lista:
isso é o que eles fazem aos crentes o tempo todo”.
Exatamente!
Mais precisa ser dito, é claro. Porém, esse tipo de reação por parte de
John Humphrys, uma pessoa muito inteligente, sem filiação religiosa
(ele classifica a si mesmo como um cético), serve para mostrar por que
muitas pessoas se sentem incômodas com a mensagem dos novos
ateus. Eles a consideram desequilibrada e, muitas vezes, extrema
em muitos pontos; ela é, no melhor dos casos, infundada, e, na pior
das hipóteses, claramente errada. Dawkins está constantemente nos
encorajando a ser críticos; mas veremos que ele mesmo é altamente
seletivo quanto ao que escolhe para criticar e até mesmo quanto ao
que ele entende por crítica.
A IRONIA DA TENTATIVA DE ELIMINAR A RELIGIÃO
Uma das ironias emergentes sobre os novos ateus tem a ver com o fato
de que eles atribuem um papel importante à teoria da evolução 54 em
sua tentativa de aniquilar a crença religiosa. No entanto, a evolução
não parece estar de acordo! O jornal The Sunday Times 55 publicou um
artigo escrito pelo editor de ciência John Leake, intitulado, “Os ateus
são uma raça em extinção já que a natureza favorece os crentes”.
Ele apresenta um relatório sobre um estudo realizado em oitenta
e dois países, intitulado The Reproductive Advantage of Religiosity
(A Vantagem Reprodutiva da Religiosidade), liderado por Michael
Blume de Jena. Ele constatou que, naqueles países cujos habitantes