Introdução
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participavam de algum ritual de adoração pelo menos uma vez por
semana, cada habitante tinha 2,5 filhos; já naqueles países cujos
habitantes nunca o faziam, o número de filhos por habitante era 1,7 —
um número bem inferior ao necessário para substituir a eles mesmos.
Leake contrasta o argumento de Dawkins de que as religiões são
como vírus mentais que infectam as pessoas e lhes impõem grandes
custos em termos de dinheiro e riscos à saúde, com o trabalho de
Blume, que sugere o contrário: a evolução favorece tão fortemente
os crentes, que, ao longo do tempo, a tendência de ser religiosos se
incorporou aos nossos genes.
Alguém poderia ter pensado que, se os novos ateus estiverem
certos sobre a evolução, eles, de todas as pessoas, seriam os mais
entusiastas no que diz respeito a espalhar seus genes. Claramente
isso não é assim.
Talvez, então, tudo o que temos de fazer é esperar?
No entanto, é provável que não; pois, mesmo que os novos ateus
pareçam ter perdido o interesse na divulgação de seus genes, eles
ainda não abandonaram a propagação de seus “memes”.