Livros Em defesa de Deus | Page 14

14 Em Defesa de Deus análise passiva, por mais importante que isso seja. É o produto de um engajamento público com os novos ateus e suas ideias. Ingressei na arena pública a fim de unir minha voz à dos que estão convencidos de que o Novo Ateísmo não é a posição padrão automática para todas as pessoas pensantes que têm a ciência em alta conta. Assim como eu, há muitos cientistas e outros que pensam que o Novo Ateísmo é um sistema de crenças, que, ironicamente, provê um exemplo clássico da fé cega que tão vocalmente se despreza em outros. Gostaria de fazer minha própria humilde contribuição para despertar a sensibilidade do público para esse fato. No entanto, tenho uma razão adicional para escrever. O debate tem dado destaque principalmente aos argumentos dos ateus e às reações em relação a eles, o que significa que a apresentação positiva da alternativa tende a ser insuficiente. Talvez seja por esse motivo que os novos ateus cantam incessantemente o famoso mantra de Bertrand Russell, o qual afirma que não há evidência suficiente. À luz disso, proponho, neste livro, não somente responder às objeções ateístas ao cristianismo, mas também apresentar evidências detalhadas para a verdade do cristianismo. Gostaria de expressar os meus agradecimentos a muitas pessoas que, ao longo dos anos, estimularam o meu pensamento sobre essas questões, incluindo os representantes da visão do mundo ateu com os quais me encontrei, tanto em debate público, quanto em conversações privadas. Também estou muito grato ao meu assistente de pesquisa, Simon Wenham e à Barbara Hamilton, por sua inestimável ajuda com a produção do texto digitado. O ATAQUE DA BRIGADA BRILHANTE Os novos ateus consideram a si mesmos como a distinta e digna prole do Iluminismo e, em uma tentativa de livrar-se da imagem negativa que eles sentem que o ateísmo tem tido até o presente, eles resolveram de comum acordo, denominar-se “os brilhantes”. Christopher Hitchens merece crédito por se opor a tal “proposta presunçosa e embaraçosa”. 29 Basta imaginar qual teria sido a reação se os cristãos tivessem atuado de maneira igualmente tola e condescendente ao chamar a si mesmos de “os inteligentes”. Sem dúvida, aqueles de nós que não concordarem com os brilhantes, serão de imediato, apelidados de “os tolos”, “os chatos”, ou talvez até mesmo de “os obscuros”. Entretanto, Dennett diz que esse não é