Introdução
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cabe às respectivas audiências julgar. No entanto, é evidente que
esses eventos públicos não permitem o pleno desenvolvimento dos
argumentos. Portanto, concluí que seria proveitoso transferir tais
experiências para um livro, usando o seu formato para brindar uma
apresentação mais aprofundada das questões centrais.
Já escrevi longamente sobre o aspecto da ciência no meu livro God’s
Undertaker (Por que a Ciência Não Consegue Enterrar Deus); também
abordei a entrada mais recente de Stephen Hawking e Leonard
Mlodinow no debate, em um livro posterior: “God and Stephen
Hawking: Whose Design is it Anyway? (Deus e Stephen Hawking:
De Quem é Mesmo o Projeto? – tradução livre)” 23 . Devido a sua
importância, incluirei uma pequena amostra desses argumentos
aqui. O debate principal, no entanto, não está limitado à ciência.
Na verdade, os argumentos que muitas vezes atraem a atenção do
público, geralmente se relacionam com a moralidade e os supostos
perigos da religião. Essas questões serão o foco de nossa atenção
aqui.
Outros autores abriram o caminho. Alister e Joanna McGrath
têm derrotado, de maneira impressionante, muitos dos principais
argumentos citados em The Dawkins Delusion? (O Delírio de
Dawkins?); 24 o mesmo tem feito Keith Ward em Why There Almost
Certainly Is a God (Porque Certamente Deus Existe – tradução livre). 25
Em um nível mais acessível, existe a obra de David Robertson The
Dawkins Letters (As Cartas para Dawkins), um guia excelente. 26 Mais
recentemente David Bentley Hart, em Atheist Delusions: The Christian
Revolution and its Fashionable Enemies (Delírios Ateus), 27 expõe, de
uma forma eficaz, a superficialidade da mentalidade dos novos ateus
em relação à história. Alguém pode perguntar-se, então, por que
ainda acrescentar mais um livro?
Os novos ateus querem “despertar a consciência” dos ateus e
encorajá-los a levantar-se e serem considerados por sua fé. Por isso,
eles estão constantemente incrementando as fileiras de seus porta-
vozes. Eles estão saindo para converter pessoas. 28 A importância das
questões e o interesse público permitem a análise dos argumentos do
Novo Ateísmo de tantos ângulos diferentes quanto possível, assim, a
“consciência de todos é despertada” — incluindo a dos cristãos.
O meu propósito é fornecer um desses ângulos na esperança de que
ele venha a ser útil. Este livro não é simplesmente o produto de uma