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Em Defesa de Deus
Nisso, Dawkins e eu estamos de acordo. Dawkins também acha que
Deus está extinto ou, para ser mais exato, acha que Ele nunca existiu.
Eu discordo.
Tive ainda dois debates públicos com Christopher Hitchens, que se
descreve como um contestador. Nosso primeiro encontro foi diante
de um grande público no Usher Hall, no Festival de Edimburgo,
em 2008, em que a moção em questão foi “A Nova Europa deveria
preferir o Novo Ateísmo”. 18 No final do debate, uma série de membros
do público, os quais inicialmente haviam indicado sua indecisão
sobre o assunto, surpreendeu a muitos, por rejeitar a moção.
Consequentemente, ela foi declarada perdida pelo moderador
James Naughtie da BBC, quando Hitchens educadamente cedeu.
Um membro do público que não contribuiu para essa mudança de
opinião foi Richard Dawkins. Ele não parecia estar nada satisfeito
com o resultado.
Encontrei-me com Hitchens novamente em março de 2009 para
uma revanche igualmente animada. Aquele foi um evento ainda
maior, organizado pelo Clube Socrático na Universidade de Samford
em Birmingham, Alabama. A questão exposta diante da audiência foi
a seguinte: “Deus é grande?” — tópico do best-seller de Hitchens. 19
Não causou surpresa alguma, talvez, constatar que não se fez votação
alguma naquela ocasião.
Também debati com o físico, Victor Stenger, (entre outros) na
Austrália no IQ 2 Debate 20 organizado pelo The Sydney Morning Herald
em agosto de 2008, sobre o tópico: “O mundo seria melhor sem
religião”. Como parte da Semana da Ciência de Sydney de 2008,
encontrei-me com Michael Shermer, o editor de Sceptic Magazine,
para debater a questão “Deus existe?” Em julho de 2009, tive um
debate longamente moderado com Peter Atkins, Químico Professor
Emérito da Universidade de Oxford, na televisão australiana. 21 Além
disso, em abril de 2011, estive envolvido em uma discussão pública
muito amigável com Daniel Lowenstein, Professor de Direito da
UCLA sobre o tema “O Cristianismo é verdadeiro?” 22
Isso traz a minha motivação para este livro. Em cada um dos meus
debates e discussões, tentei apresentar no espaço público, uma
alternativa racional e crível para a agenda que os novos ateus
ofereciam, em vez de simplesmente tentar usar a retórica ou o apelo
emocional para “ganhar” a discussão do dia. Se tive êxito ou não,