Livros Em defesa de Deus | Page 10

10 Em Defesa de Deus implícito que o ateísmo é a fonte de alegria que vai dispensar esse Deus sombrio e aliviar todas as preocupações da vida. O matemático, David Berlinski, surge com uma revisão da realidade: A tese de que, caso não haja Deus, os incrédulos podem contemplar muitos prazeres novos, nos induz a fazer uma pergunta óbvia. Será que os ateus, pelo menos, pararam de se preocupar e começaram a desfrutar de sua vida? É certo que, durante os últimos anos, não temos observado amplamente que os ateus proeminentes tenham perturbado sua consciência devido à ansiedade. A menos que entrassem em um estado de coma, é difícil imaginar como Richard Dawkins, Sam Harris, Daniel Dennett ou Christopher Hitchens poderiam ter deixado de se preocupar mais do que já tinham feito, e mais difícil ainda é atribuir o crédito por seu entusiasmo ao ateísmo. Berlinski continua: No entanto, aqueles que consideram o ateísmo como um novo compromisso doutrinário, não vão encontrar plausível o alívio da ansiedade que ele dizia proporcionar. Se a grande preocupação ocasionada pelo ateísmo é a indignação de Deus, então, dada a forma tão experimental em que Sua inexistência tem sido afirmada, poderia parecer que os ateus têm dado prematuramente um fim às suas preocupações. Quaisquer que sejam seus outros benefícios, o ateísmo geralmente não é considerado como uma posição calculada para amenizar os piores temores da humanidade; e, como o trabalho dos ateus proeminentes indica, aqueles que deixaram de se preocupar fizeram isso unicamente porque deixaram de pensar. 13 Um desses ateus proeminentes, Jean-Paul Sartre, disse: “O ateísmo é um negócio cruel e de longo prazo”. Portanto, não seria a preocupação uma parte integrante da rejeição de Deus, em lugar de uma consequência da crença nele? Então, não seria sábio perguntar exatamente para onde o ônibus ateu se dirige, antes de embarcar nele? A propaganda na lateral de um ônibus pode impedir que alguém perceba qual é o destino dele. Mas a campanha com os cartazes dos ateus não terminou aí. Em 2009, Richard Dawkins e a Associação Humanista Britânica mandaram imprimir cartazes que retratavam duas crianças de aspecto muito feliz; os pôsteres traziam impressa a seguinte legenda: “Por favor,