CRISTIANISMO - ÓPIO DO POVO?
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O que diremos, então, sobre esse senso instintivo
de certo e errado, que todos nós possuímos, o qual nos
faz sentir que temos um direito de justiça e que leva
muitas pessoas a lutar para obtê-la? Obviamente, ele
não foi implantado nos seres humanos pela religião,
visto que os ateus o possuem tão ardentemente quanto
aqueles que acreditam em Deus. Então, de onde ele
vem? E quão válido é considerado como guia para se
esperar que a justiça, um dia, irá triunfar?
A Bíblia diz que ele foi implantado em nós por
Deus, nosso Criador. Toda a sua autoridade divina
o sustenta. E, embora, em nós e em nosso mundo, ele
seja constantemente suprimido, distorcido, frustrado e
traído como resultado do pecado do homem e da rebe-
lião contra Deus, ele, um dia, será vindicado. Deus irá
julgar este mundo com justiça, por meio de Jesus Cris-
to, e também haverá um julgamento final. A justiça
será feita para todos aqueles que já viveram nesta ter-
ra (Atos 17:31; Apocalipse 20:11-15). Aqui, então, está
uma tremenda garantia. Vale a pena lutar pela justiça
e resistir ao pecado, ao mal e a todo tipo de corrupção.
Nosso senso de certo e errado é válido: ele não é uma
ilusão.
“Mas, não”, diz o humanismo, “nosso senso de cer-
to e errado não é tão significante assim: é, simplesmen-
te, o produto do desenvolvimento evolutivo”. Então,
não há nenhuma garantia de que ele será satisfeito no
caso de qualquer indivíduo ou de qualquer geração! E,
uma vez que não existe Deus e uma vez que não haverá
nenhum julgamento final, os milhões que sofreram in-
justamente na terra, no passado, não encontrarão jus-
tiça nem na vida futura, já que não há nenhuma vida
futura. Além disso, os milhões que ainda vivem na