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CONCEITOS-CHAVE DA BÍBLIA
que clamavam incessantemente: “Santo, Santo, Santo é
o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua
glória”, o próprio Isaías foi inundado com um senso
esmagador de sua natureza pecaminosa. Por isso,
lamentou: “Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou
um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo
de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR
dos Exércitos” (Isaías 6:5). E é assim que qualquer um
de nós se sentiria se tomássemos conhecimento da
real santidade de Deus. A mentira, a hipocrisia, o
engano, as conversas obscenas, a difamação, a calúnia,
o sarcasmo, juntamente com todos os outros pecados
iriam repentinamente ficar expostos como as coisas
horríveis e corrompidas que realmente são. Assim, nós
nos tornaríamos dolorosamente conscientes de que
essa corrupção jamais deveria ser autorizada a entrar
e contaminar a verdade e a beleza do paraíso de Deus.
Mas é precisamente neste ponto que encontramos
um paradoxo extraordinário. As pessoas na Bíblia
que experimentaram a dor de serem expostas à luz da
santidade de Deus são exatamente as que, de repente,
começam a falar com entusiasmo sobre como a luz de
Deus é maravilhosa. Aqui vemos uma típica passagem:
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a
nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as
virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz; vós que, em outro tempo, não éreis
povo, mas, agora, sois povo de Deus; que não tínheis
alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes
misericórdia” (1 Pedro 2:9-10).
Obviamente essas pessoas descobriram que a
santidade de Deus não é simplesmente um poder
negativo. É um poder positivo que, por seu amor e