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CONCEITOS-CHAVE DA BÍBLIA
menores: alguns grandes e nobres e outros pequenos
e ignóbeis. Ele não chama esses propósitos e objetivos
de “deuses”, mas poderia, pois são coisas muito
parecidas, no final das contas.
Pelo curso da história, as pessoas fizeram uma
deusa do sexo (os gregos a chamavam de Afrodite),
um deus do álcool (os gregos o chamavam de Dionísio
ou de Baco), um deus da guerra (lembram-se dos
deuses da guerra teutônicos que tanto inspiraram
os alemães no passado?), um deus do dinheiro, do
prazer, da fama, um deus do Estado, ou mesmo, um
deus de si próprios (como fizeram muitos ditadores
totalitários). Confrontado com as vicissitudes
aparentemente incontáveis da vida, o ateu comum
normalmente decide que tudo é controlado pelo acaso
e, quando compra um bilhete de loteria, ele torce para
que o Acaso sorria para ele. Muitos dos antigos gregos
pensavam da mesma forma e fizeram do acaso uma
deusa, que chamavam de Tique. E os evolucionistas,
tanto os antigos quanto os modernos, sustentam
que é o acaso, em última instância, o responsável
pela aparência dos seres humanos. Outros adotam a
visão oposta de que os seres humanos são máquinas
predeterminadas e que o livre-arbítrio não passa de
uma ilusão. Igualmente, o mundo antigo tinha um
nome para isso, chamaram-no de Destino e também
fizeram dele um deus.
Séculos de experiência demonstraram que a
questão não é se vamos acreditar em Deus ou não,
mas, se vamos acreditar no único e verdadeiro Deus
que afirma ter-nos criado ou em uma ou muitas dessas
coisas que transformamos em deuses substitutos.
Devemos, então, começar examinando o que a