Livros Conceitos chave da Bíblia | Page 11

INTRODUÇÃO 9 mas a terceira, de forma alguma, pode ser tomada como verdadeira. O peso da experiência humana ao longo dos séculos de história depõe contra ela. É claro que, no final, tudo depende de que significado se empreste à palavra “deus”. Ao longo do tempo, multidões de pessoas decidiram como Nietzsche que “Deus está morto” e, então, resolveram banir de suas mentes toda crença no único e verdadeiro Deus. Eles – até certo ponto – obtiveram sucesso, mas não sem um preço, pois, tão logo haviam concretizado isso, eles descobriram ser praticamente impossível viver intelectual e emocionalmente em um mundo sem deus. Deliberada ou inconscientemente, eles preencheram o vazio deixado pela expulsão do único e verdadeiro Deus com todo tipo de deus substituto. Mesmo o ateu mais ardente não pode deixar de considerar que poderes trouxeram o universo e ele à existência e que poderes irão, ocasionalmente, destruir ambos. Ele pode até não chamar esses poderes de “deuses”, mas poderia, pois esses são poderes que, em última instância, exercem controle sobre ele e não ele sobre eles. Um ateísta rejeita a ideia de um Criador pessoal e conclui que matérias e forças cegas, impessoais e inconscientes são responsáveis tanto por sua existência quanto pela existência do universo. Desse modo, ele destrói, a um só tempo, toda a esperança de que haja algum propósito por trás de sua existência. Mas, logo em seguida, ele descobre que não é possível existir sem um propósito pelo qual viver, sem algo maior no qual acreditar, sem valores supremos para honrar e sem nenhuma causa à qual se devotar e, caso necessário, pela qual se sacrificar. E, já que ele não pode viver para o único e verdadeiro Deus nem servi-lo, ele se apega a propósitos e a objetivos