O Testemunho dos Profetas
arca de Deus, Jesus Cristo nosso Senhor, através de quem as coisas
velhas do deserto passam, e as coisas novas da herança celestial
serão realizadas (Josué 3-4; Efésios 2).
Os sacrifícios oferecidos em Israel às vezes envolviam duas
vítimas, como no grande Dia da Expiação (Levítico 16) e na
purificação do leproso (Levítico 14), quando uma vítima era morta
e a outra mandada embora ou solta. Ambas eram necessárias para
ilustrar em figura a morte e a ressurreição do Único que poderia
purificar pessoas contaminadas pela lepra do pecado e tirar o
pecado de uma nação.
Entretanto, é para algumas das figuras biográficas que nós
voltamos para ter vislumbres que prefiguram Sua ressurreição
como, por exemplo, Isaque, Jonas, José e Daniel.
Isaque: “Eu e o moço iremos até ali; e, havendo adorado, tornaremos a
vós” (Gênesis 22:5). Assim, Abraão declarou sua fé na ressurreição.
Ele sabia que Deus havia ordenado que ele oferecesse seu filho
sobre um dos montes, mas ele creu que “Deus era poderoso para
até dos mortos o ressuscitar. E daí também, em figura, ele o recobrou”
(Hebreus 11:18-19).
Note as referências ao “lugar” em Gênesis 22. Tais referências
apontam para “o lugar chamado a Caveira” (Lucas 23:33). Este
filho de Abraão miraculosamente nascido, cujo nascimento foi
anunciado por um anjo, que recebeu o seu nome antes de nascer
e foi oferecido sobre o monte Moriá, nos dá um vislumbre do
nascimento, morte e ressurreição de nosso Senhor. Isaque, mais
tarde, saindo da casa do seu pai, encontra sua noiva ao ar livre e
a conduz para casa. Rebeca foi o fruto da vontade do pai, da obra
do servo e da espera do filho. Ela mostrou a sua disposição de
responder à mensagem e aos presentes dados pelo servo. Ela é
uma figura da noiva de Cristo, o fruto do planejamento e da ação
do Deus triuno.
Jonas: Jonas também nos apresenta uma antecipação da
ressurreição do nosso Senhor dentre os mortos. Esse profeta de
Gate-Hefer, na Galileia, faz mentirosos todos os que diziam “...
da Galileia nenhum profeta surgiu” (João 7:52; 2 Reis 14:25). Sua
desobediência não era, aparentemente, por sua falta de disposição
de pregar aos gentios, mas, sim, o medo de perder o seu crédito
como profeta caso eles cressem na mensagem e se convertessem
ao Senhor, suplicando a inevitável misericórdia divina pela qual
Jeová era bem conhecido. Entretanto, os seus três dias e três noites
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