Capítulo 1
no ventre do grande peixe, de onde ele saiu para pregar a sua
mensagem, são considerados pelo nosso Senhor como figura de
Seu sepultamento e da Sua ressurreição.
Enquanto a ressurreição não é mencionada em Mateus 12,
o “sinal... do profeta Jonas” (v 39) é que aquele que estava nas
profundezas do mar saiu de lá. Os sofrimentos de Jonas dentro do
grande peixe são descritos em linguagem idêntica aos clamores
proféticos do Messias em Salmo 42:7 e Salmo 69:1. Se Jonas, de fato,
morreu e foi ressuscitado, e assim se tornou mais amplamente uma
figura de Cristo, é discutível, dependendo de como se entende a
referência dele ao inferno (seol, túmulo) (Jonas 2:2).
Vamos, entretanto, examinar mais detalhadamente os
incidentes na vida de dois personagens que, mais do que todos
os outros, parecem prefigurar a vida de nosso Senhor. Referimo-
nos a José e a Daniel. Esses homens aparecem no início e perto do
final do cânon do Velho Testamento e representam pureza entre
as atmosferas poluídas do Egito e da Babilônia. Ambos descobrem
que os que vivem piedosamente irão sofrer perseguição. Ambos
passaram por conspirações e sofreram castigo, mas ambos foram
elevados à preeminência sobre tudo e depois desfrutaram de
prosperidade. Ambos interpretavam sonhos e eram profetas das
coisas boas que estavam por vir.
O TESTEMUNHO DOS CARROS
“E subiram do Egito e vieram à terra de Canaã, a Jacó, seu pai. Então,
lhe anunciaram, dizendo: José ainda vive e ele também é regente em toda
a terra do Egito. E o seu coração desmaiou, porque não os acreditava.
Porém, havendo-lhe eles contado todas as palavras de José que ele lhes
falara, e vendo ele os carros que José enviara para levá-lo, reviveu o
espírito de Jacó, seu pai. E disse Israel: Basta; ainda vive meu filho José;
eu irei e o verei antes que eu morra.” (Gênesis 45:25-28)
Não conhecemos nenhuma outra escritura do Velho
Testamento melhor do que essa para usar em uma pregação
sobre a ressurreição. Essa passagem combina o medo e o gozo, a
incerteza e a segurança que encontramos no relato da ressurreição
do Senhor Jesus. O dito que a história do Velho Testamento é a
Sua história, em nenhum outro lugar é mais verdadeiro do que
na história de José. Ele é o Sírio (a estrela mais brilhante no céu
noturno) entre todos os homens que prefiguram o nosso Senhor.
Vemo-lo apresentado a nós em Gênesis 37 como o filho amado
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