Capítulo 1
chama atenção ao cumprimento da profecia e ao propósito da
ressurreição do Senhor.
Pedro diz que a ressurreição foi o cumprimento dos Salmos
16 e 110, e as palavras deles não se referiam a Davi, pois ele viu
a corrupção e não foi exaltado nos céus (Atos 2:25,36). É-nos
mostrada a “vereda da vida” na ressurreição de Cristo. O ferro
não podia prendê-Lo ao madeiro, nem as cordas da morte podiam
detê-Lo. A citação do Salmo 110 mostra que a ressurreição é
subentendida no sacerdócio eterno Daquele que é Senhor de Davi
(veja Mateus 22:42). Pedro cita o Salmo 118:22 no seu discurso no
Sinédrio para provar que a pedra rejeitada se transformaria na
pedra da esquina (Atos 4:11).
Paulo, pregando na sinagoga de Antioquia da Pisídia, cita o
Salmo 2 e mostra que as palavras “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” não
se referem ao Seu nascimento, mas, sim, à Sua ressurreição. Neste
Salmo, o Filho é o Rei de Deus. Em Salmo 16, Davi é um profeta,
mas é claro que ele está escrevendo acerca de um profeta ainda
maior, como Moisés, que seria levantado por Deus. Em Salmo 110,
nosso Senhor é um Sacerdote – um Sacerdote para sempre. Israel
podia crucificá-Lo, mas Deus O colocará sobre o monte santo de
Sião. Paulo também cita Isaías 55. A grande bênção do evangelho
descrita para todos por Isaías, nas palavras mais fáceis e simples
de entender e abrangendo também a bênção milenar, são as
misericórdias de Davi confirmadas pela ressurreição de Cristo.
A essas profecias citadas por Pedro e Paulo podemos acrescentar
outras, como a segunda metade do Salmo 22 e Isaías 53 onde há
a morte e a ressurreição. No Salmo da cruz, trocamos o “clamor”
do Desamparado por Seu canto no meio da congregação. Num
círculo cada vez mais abrangente, podemos vê-Lo no centro de
uma hoste de adoradores, a igreja (v 22), a semente de Jacó (v 23),
e todos os confins da terra (v 27). Em Isaías 53, Aquele que foi
cortado da terra dos viventes prolongará os Seus dias, e o bom
prazer do Senhor prosperará na Sua mão (v 10).
Igualmente significativos são os tipos ou figuras como, por
exemplo, o molho das primícias que, sendo movido no primeiro
dia da semana, se torna uma figura de Cristo como as primícias,
vivo dentre os mortos, e a garantia da colheita que está por vir
(1 Coríntios 15:20,23). A arca da aliança entrando no rio Jordão
e permanecendo ali, até que a segurança de todo o povo fosse
assegurada, e depois saindo do rio, é uma figura da verdadeira
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