Livros A glória da sua ressurreição | страница 11

Introdução nascimento” do Salvador. Isso explica os relatos aparentemente contraditórios dos anjos na Sua ressurreição. Como John Peter Lange observou, a mensagem da Páscoa não é um solo nem é a simples e bela melodia de um coro, mas é ouvida em um estilo musical superior, é uma fuga* em que o conflito aparente de vozes individuais é observado e se mesclam em um todo harmonioso e equilibrado. Aceitamos os relatos como aparecem. (*Nota do tradutor: A fuga é um estilo musical em que o tema é repetido por diversas vozes entrelaçadamente. Começa com um tema, declarado por uma das vozes isoladamente. Uma segunda voz entra, então, “cantando” o mesmo tema, mas em outra tonalidade, enquanto a primeira voz continua desenvolvendo com um acompanhamento contrapontístico. As vozes restantes entram, uma a uma, cada uma iniciando com o mesmo tema). A conduta dos discípulos do Senhor após a Sua ressurreição impede qualquer ideia de fraude ou de alucinação. As testemunhas são muitas, e o preço pago pelo seu testemunho foi muito alto. O fato de mais de quinhentas pessoas verem o Senhor em uma só ocasião impede qualquer ideia de alucinação. Eles tinham as evidências de seus sentidos. Mentirosos, sob a pressão e a dor da perseguição, logo teriam confessado a fraude. Esses discípulos morreram pela sua fé. Depois do choque da surpresa e do medo inicial – pois eles não anteciparam a Sua morte, muito menos que Ele ressuscitaria – eles nunca duvidaram das evidências. Somente um Cristo triunfante poderia ter os tornado tão triunfantes. Um líder que não havia verdadeiramente morrido, mas que tivesse sobrevivido à crucificação, nunca poderia ter inspirado Seus seguidores a crer que Ele era o vencedor sobre a morte e depois os enviar a encarar um mundo hostil. Sua aparência enfraquecida poderia ter despertado a pena deles e revelado que sua reivindicação era falsa. Entretanto, eles foram inspirados por Ele, capacitados a pregar uma mensagem que provocou a revolta de ambos judeus e gentios. A história da ressurreição não foi uma “conspiração benevolente” criada por homens que pensavam que os fins justificavam os meios. É digno de nota que os judeus não tentaram esmagar o movimento do Cristianismo tentando provar que havia fraude, mas, sim, por ameaças e por perseguição. O fracasso deles de encontrar o corpo de Jesus, e assim pôr fim à pregação dos discípulos, tem tanto peso para provar a Sua ressurreição como 9