Livros A glória da sua ressurreição | Página 12

Introdução teria o fato de esses discípulos sofrerem e morrerem para propagar a fé na ressurreição de um líder cujo corpo em decomposição estava sendo guardado por eles. O martírio desses discípulos é uma evidência do preço bem elevado da sua fé. Como eles tinham muitas evidências da realidade de Sua morte, comprovada pelo Seu sepultamento, assim também eles tinham provas da Sua identidade na ressurreição. Era o mesmo Jesus, entretanto, sem as limitações impostas pelo Seu tabernáculo de carne antes da Sua morte. Como os corpos dos Seus que vivem por Ele, que, semeados em corpos naturais, são ressuscitados corpos espirituais, nosso Senhor na ressurreição tem um corpo com novos poderes, capacitando-O a deixar os lençóis do túmulo como se não tivessem sido tocados, e depois entrar no cenáculo, mesmo com todas as portas fechadas. Em vez disso, nosso propósito é gloriar no fato da Sua ressurreição e tentar compreender a importância disso o máximo possível. Paulo vê isso como prova da Sua divindade em Romanos 1:4; uma passagem que evidentemente inclui a ressurreição de outros, em que a palavra “mortos” é plural. Paulo também vê nos poderes adquiridos uma garantia da nossa ressurreição (1 Coríntios 15). Pedro vê na ressurreição uma promessa de uma herança celestial reservada para nós, e nós sendo reservados para ela. Somos gerados de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (1 Pedro 1:3-5). João está ansioso, não somente no seu evangelho, mas também no livro de Apocalipse, que nós possamos distinguir entre a ressurreição da vida e a ressurreição do juízo, que são consequências da Sua ressurreição. Vemos antecipações de Sua ressurreição no Velho Testamento, não simplesmente nas profecias que foram reveladas antes Dele, mas também nos tipos e figuras. Iremos notar alguns destes e depois iremos analisar os relatos dos Evangelhos. Tais relatos são grandemente significativos e, ao mesmo tempo, belos e simples. Os autores, como já temos dito, parecem não se importar com as dificuldades que eles criam nas aparentes divergências das suas narrativas. Eles parecem não perceber as provas que eles estão dando de total ausência de conspiração. Cremos que cada escritor dos Evangelhos tem a mente de Deus, e o que ele inclui é de acordo com o propósito do livro como um todo. Podemos imaginar, ao ler o relato de Marcos, que os 10