A VERDADEIRA REVOLUÇÃO
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Testamento, como também no corpus da história
mundial.
No Novo Testamento, descobrimos que outros três
autores, juntamente com Lucas, nos contam sobre a
vida, a morte e a ressurreição de Cristo. A maior parte
do restante do Novo Testamento é composta de cartas
escritas a vários grupos de cristãos. A partir delas,
inferimos que, no tempo em que foram escritas, as
igrejas cristãs multirraciais já haviam se estabelecido
com notável rapidez não apenas na Palestina, onde
Cristo viveu, mas por todo o mundo Mediterrâneo:
na erudita Atenas; na brilhante, mas viciosa Corinto
mercantilista; na elegante Éfeso; na primitiva
Paflagônia e até mesmo na metrópole do império, a
própria Roma.
A pergunta surge imediatamente: como isso tudo
começou? Como surgiram essas igrejas? Lucas se
propõe a responder a essa pergunta. Ele é quem nos
conta como os apóstolos e os missionários cristãos
passaram pelo mundo romano e pregaram o evangelho,
e multidões, tanto de judeus como de gentios, ouvindo
o evangelho, creram, encontraram salvação em Cristo
e se constituíram em igrejas cristãs.
Porém, questões mais profundas se sugerem: quais
eram os conteúdos desse evangelho? Obviamente, os
primeiros cristãos não esperaram ter sua mensagem
definida pelos imponentes credos dos séculos
posteriores antes de poderem pregá-la. Nem as pessoas
tiveram de esperar pelos desenvolvimentos doutrinais
posteriores antes de poderem crer e encontrar a salvação
por Jesus Cristo. Qual, então, era a mensagem que se
provou tão eficaz nos primeiros anos do cristianismo?