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ABRIL - INTERNACIONAL

Documento de envio de ajuda humanitária pelos Estados Unidos

O risco de uma guerra, apesar de pequeno é possível, “a depender da escalada dos conflitos, isso não está descartado. Há as declarações do Bolsonaro e Ivan Duque (presidente da Colômbia) sobre possíveis intervenções militares”, disse Ramos.

Questionado pelo Ler Agora sobre os potenciais impactos das declarações diplomáticas que reconhecem Juan Guaidó como presidente interino, Ramos afirmou que aumentam o isolamento da Venezuela no mundo, e fortalece a Assembleia Nacional, mas, “é uma pressão diplomática de poucos efeitos práticos, pois o que interessa é o controle das instituições, recursos financeiros e militares, Maduro ainda detêm esses mecanismos”.

Quando o assunto envolve países de outras regiões “temos as potências China e Rússia, mas que tem

poucas condições reais de interferir diretamente (militarmente) em prol do Maduro”, explicou Ramos.

Questionado sobre quais ações o Brasil poderia tomar, Ramos disse que por conta da Venezuela estar suspensa do Mercosul e haver poucos acordos comerciais entre os países, o máximo que o Brasil faria é acolher refugiados políticos e dar apoio humanitário.

Dentre os países que apoiam a Venezuela está a Bolívia, que faz jogo diplomático para apoiar Maduro, mas ao mesmo tempo não quer enfrentar o governo Bolsonaro por depender das exportações de gás para o Brasil.