"Lais de Guia" - Edição Outubro/Novembro 2017 LdG_Out-Nov2017 | Page 9

Lais de Guia Ó r g ã o o f i c i a l da R e g i ã o d e L is b o a OPINIÃO JOA O POLICARPO Direcção Nacional Quando fui convidado a dar o meu contributo para este número do Lais de Guia, disse imediatamente que sim, mesmo antes de pensar no que podia ter para transmitir àqueles que são habitualmente os leitores do nosso Boletim. Agora ao escrever este texto, sinto que passado pouco mais de um ano sobre o meu “(…) especialmente último testemunho, há certamente temas e razões que podem ser por mim abordados porque “nascemos” num e que acredito possam suscitar interesse, discussão ou, pelo menos, uma leitura mais ideal de SERVIÇO ao cuidada, gostando ou não das escolhas que hoje vos possa trazer. próximo, o mais É para mim um sentimento de orgulho poder assistir ao trabalho da equipe regional de importante é sentirmos e Lisboa e sentir que, embora após os 10 anos em que liderei os destinos da Região, hoje fazermos os outros as acções acontecem com a fluência natural e que, embora com um timbre diferente, com uma capacidade de realizar que é notória a cada passo. sentir que somos uma associação de iguais.” Sinto hoje o quão importante foram para mim esses anos, pois ajudaram-me a ter a noção do que é importante e do que é “acessório”, nos mais variados assuntos da associação. Ao aceitar fazer parte da equipe nacional, coloquei a mim próprio algumas regras; não que as não tivesse já, mas apenas porque se as não impuser a mim próprio não serei com certeza capaz de as colocar aos outros. Numa associação de pessoas, que são claramente o maior bem que temos à nossa disposição por uma variada ordem de razões, mas especialmente porque “nascemos” num ideal de SERVIÇO ao próximo, o mais importante é sentirmos e fazermos os outros sentir que somos uma Associação de iguais. Iguais pela nossa disponibilidade, iguais porque partilhamos todas as responsabilidades, iguais, em suma, porque não existem chefes; ao invés disso, existem homens e mulheres que, à luz do seu ideal comum, decidem dar de si aos que possam necessitar. Ao percorrer este nosso pequeno País é gratificante perceber o muito que se vai fazendo localmente; é gratificante perceber que a palavra Compromisso assume realmente a sua verdadeira natureza. “Lá vem ele outra vez com o compromisso”, já sei que muitos vão ter esse comentário… mas é difícil não falar daquilo que nos enche o coração, daquilo que sabemos ser a mola impulsionadora da existência desta nossa FNA, daquilo que se não existir… nos torna num grupo de boas pessoas mas sem nada mais, sem razão de ser, sem motivo para existir enquanto grupo. 9